Tintin é um repórter investigativo da Bélgica, e esta sempre acompanhado de seu fiel companheiro, seu cachorro Milu. Além disso, outros personagens secundários fizeram parte da construção, entre eles o Capitão Haddock, um velho marujo que só pensava em beber, o Professor Girassol, dono de diversas experiências científicas, e os Duponts, gêmeos membros da Interpol que investigavam cada caso com muito cuidado, porém sempre se metendo em confusões.
Hergé, um anti-socialista de primeira, acabou mostrando os seus interesses políticos e sociais através do pequeno personagem recém criado. Analisava em suas historias o tráfico violento de escravos, as guerras, as colonizações, entre outros assuntos que chacoalhavam o mundo. Provavelmente, de todas as publicações, "Tintin na África" (traduzido de "Tintin au Congo" do francês) foi o mais polêmico de todos. Durante todas as páginas dos quadrinhos o preconceito e a manipulação se realçavam criando uma apologia extrema aos brancos colonizadores e gerando uma imagem negativa para o lado dos negros. Toda essa história fez com que muitos países, até a própria Bélgica, impedissem que pessoas comprassem e lessem os quadrinhos do capitalista.
O jornalista belga acabou se tornando o maior ícone dos quadrinhos do século XX, sendo internacionalizado pela primeira vez em Portugal, e permaneceu, segundo Centros Culturais como a melhor ilustração fictícia da história da arte.
Porém, quando Hergé percebeu que precisava evoluir com seu tempo, decidiu assim que Tintin poderia render muito no cinema. Infelizmente, seus dons cinematográficos não foram evidenciados, e assim Spilberg foi chamado para criar a primeira animação na tela dos cinemas, no ano de 2011. O filme "As aventuras de Tintin" rendeu muito dinheiro e muitas salas lotadas, sendo até mesmo indicado como Melhor Filme no Festival do Oscar de 2012.