terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Turma que marcou o Brasil

Maurício de Souza, criador da Turma da Mônica

Criada por Maurício de Souza no ano de 1959, a Turma da Mônica foi uma revolução nos quadrinhos e merece mais do que um destaque na literatura brasileira.
A turminha passa por diversas aventuras cotidianas, sempre com um tom de humor e com personagens que fazem a história valer a pena. Entre os principais e mais conhecidos personagens, temos a Mônica (que no dia de hoje, 26 de fevereiro, completa 50 anos); o Cebolinha, sempre fazendo planos para pegar o famoso coelhinho da Mônica, chamado de Sansão;  a Magali, a pequena que não para de pensar em comida e Cascão, aquele que evita qualquer gota de água, seja da chuva ou de um banho. Para a surpresa de muitos, os primeiros personagens criados por Maurício não foram nenhuma desses integrantes citados acima. Franjinha e Bidu, um menino cientista e seu cachorro, respectivamente, foram os pioneiros dos quadrinhos das produções de Maurício de Souza.

As histórias em quadrinhos foram rapidamente bem vendidas, sendo publicadas pela Editora Globo e Editora Abril, seguindo de muitas outras interessadas.
Além de ser um entretenimento para jovens, as historinhas de Maurício também envolvem diferentes culturas do Brasil. A Turma do Chico Bento mostra a vida de pessoas caipiras, que moraram no interior e levam uma vida tranquila, diferente das pessoas das cidades. Já a Turma do Papa-Capim são índios, desvendando sempre os segredos das florestas brasileiras e preservando a fauna. Há também diversos outros, como a Turma do Piteco e Turma do Horácio (época pré-histórica e jurássica), a Turma do Penadinho (fantasminhas que vivem em um cemitério), a Turma da Tina e do Rolo (mostra a vida na adolescência), entre diversos outros pequenos grupos que sempre tem algumas páginas garantidas em cada edição.
 É importante citar também que os quadrinhos não mostram apenas cenas de humor, mas podem envolver também uma crítica social, como o preconceito, a segregação social, a falta de paz no mundo e diversas outras. Muitas vezes também são publicadas edições únicas em datas comemorativas, e são criadas histórias remetendo a essa data (
Natal, Páscoa, Lendas folclóricas, Dia dos mães ou dos pais, Dia dos namorados, etc).
Mais recentemente, Maurício criou uma nova versão para seus principais personagens, sendo eles agora, adolescentes, e envolvendo os personagens com as principais mudanças e dúvidas encontradas nessa fase da vida.
Essas pequenas histórias continuam fazendo parte da infância de muitas crianças e alegrando diversas gerações, trazendo também uma marca cultural que ficará registrada para sempre no coração do Brasil. 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O capitão dos mares


Como se sabe, a marinha sempre foi um motivo pelo qual os ingleses poderiam se orgulhar. Existem nomes importantes para serem lembrados nessa área, entre eles James Cook, o homem que mapeou terras da Nova Zelândia ao Estreito de Bering. O britânico, nascido no ano de 1728 na cidade de Marton, Yorkshire,  já tinha dons de capitão desde pequeno.
Em 1755 Cook foi convocado para entrar para a Marinha Oficial e acabou participando de diversas expedições, entre elas a Guerra dos Sete Anos contra a França, que durou de 1763 até 1767.
Cook foi famoso pelas suas viagens e pela sua liderança impecável, e três expedições foram muito importantes para concretizar o capitão na história britânica e mundial.
A sua primeira viagem, embora com intenções diferentes, acabou tornando-o o primeiro europeu a visitar a parte da Austrália e Nova Zelândia; já sua segunda viagem, considerada a mais bem realizada entre muitos navegadores, foi quando chegou perto do Polo Sul conhecendo terras que nunca ninguém havia visto.
A terceira viagem foi com toda a certeza a mais marcante, embora não fosse a maior. James Cook, passando por diversas ilhas, acabou descobrindo o Hawaí, que inicialmente passou a ser chamado por ele de “Ilhas Sandwich”. Tal viagem foi impactante não apenas pelo seu descobrimento inovador, mas também pela sua morte.
A notícia de sua morte chegara um ano depois na Inglaterra, onde muitas dúvidas haviam surgido sobre ele. Para apagar tais dúvidas e amenizar o clima tenso que por ali percorria, parte da tripulação central como o segundo comandante, Charles Clerke, acabou por relatar e publicar alguns pedaços de suas anotações sobre a viagem. Tais declarações não foram o suficiente para apagar a chama da dúvida da população.
Foi então que acharam o diário de bordo de James Cook. John Douglas, tripulante e ex-oficial da marinha, não pensou duas vezes em juntar as suas anotações e as de Cook para dar início a um livro. O livro foi um sucesso de vendas, acabou no primeiro dia, teve um bom lucro, embora fosse uma publicação muito duvidosa.
Não se sabe ao certo o que ocorreu com o  capitão, pois seu último relato teria sido em 6 de janeiro de 1779, contando que haviam roubado um navio e ele sairia a procura deste. Conta-se que, na mesma noite, os nativos se enfureceram com a constante busca de Cook e ele foi morto.
Após o livro ser escrito, publicado e vendido, John Douglas repetia incessantemente “ Vocês conhecem James Cook devido a mim, vocês nunca saberão o que me devem quanto a ele.” Ou seja, tudo isso leva a pensar que talvez algumas teorias e características do personagem tivessem sido manipuladas para fazer com quem ele parecesse mais heroico diante a sua viagem.
Porém, atrás de todos esses segredos não contados, ou através de todos esses mitos, temos a imagem de um homem que mostrou coragem e foi além de suas expectativas. James Cook, ideal para a Inglaterra, descobriu novas terras e seu nome entrou para a história, marcando gerações de marinheiros prontos a descobrirem ainda mais o mundo afora.