sábado, 2 de fevereiro de 2013

OS MISERÁVEIS


Romance publicado pelo famoso escritor Victor Hugo (autor de diversos clássicos, como O Corcunda de Notre Dame, ou também Os Trabalhadores do mar). A narrativa ganha forte apelo quando se trata de questões sociais, mostrando claramente a classe alta e baixa da França antiga.
O romance fora publicado em 1862, obtendo um grande sucesso e sendo traduzido para diversas línguas, entre elas o brasileiro.
Os Miseráveis, ou Les Mis (apelidado pelos amantes de Victor Hugo, vindo de Les Miserábles) destaca personagens com diversas personalidades fortes que marcam o livro.



A história começa com Jean Valjean, o grande protagonista, forçado a se tornar escravo após tentar roubar pão para sua irmã e seu sobrinho, carregando em si a dor e o sofrimento de trabalhos braçais como esse. Ainda por cima é humilhado pelo seu inimigo durante todo o romance, o policial Javert. Conseguindo a liberdade, é encontrado por um bispo, onde é chamado para passar a noite se alimentar pelas dores e injustiça. Porém, na mesma noite, Jean Valjean rouba a prataria do bispo, mas é pego em flagrante por policiais. Levado novamente para a casa do bispo pelos policiais, o bispo diz que era sim um presente de sua parte, e que esquecera também de levar os castiçais de prata. Depois disso, a vida de Jean Valjean muda, e torna a entrar no caminho da paz, do perdão e de Deus.
Ao longo dos anos, Jean Valjean muda de identidade e consegue se tornar o prefeito de uma pequena cidade francesa. É dono de uma fábrica e torna-se o homem mais bondoso e caridoso de toda a cidade.
Lá na fábrica trabalha outro personagem, a chamada Fantine. A moça trabalhava para sustentar sua filha Cosette que se encontrara em uma casa de pessoas mal vistas. Todo mês, Fantine mandava dinheiro para sua filha, porém não era o suficiente para sustentá-la de longe. Despedida do trabalho por ser considerada uma prostituta, Fantine passa realmente a ir para as ruas e se prostituir pois assim acreditava que ganharia mais. Ao ver o seus sonhos irem embora, e a sua vida indo pelo ralo como nunca imaginara, ganha apoio para sair de lá do próprio prefeito Jean Valjean.
Ao longo dessa trama toda, Jean Valjean reencontra o policial Javert e é acusado de ser o antigo escravo. Negando totalmente a sua identidade, Javert acusa outro escravo qualquer, que será levado para ser enforcado. Sentindo na pele a angústia do outro, Jean Valjean se entrega e diz ser o prisioneiro 24601.
Javert e Jean Valjean entram em uma disputa entre facas e espadas, e prometem que nunca estarão satisfeitos se um não encontrar o outro morto.
Enquanto isso, Fantine, muito exausta, acaba morrendo, mas antes pede ao prefeito Jean Valjean que procure a sua filha Cosette e a ame incondicionalmente. É o que Jean Valjean faz.
Buscando pela filha de Fantine desesperadamente, ele a encontra na floresta buscando água. Ao levá-la de volta a residência dos suspeitos Thénardiers, Jean Valjean dá-lhes dinheiro e parte com Cosette para fugir de Javert e achar um lugar seguro para que ela cresça. 


Tudo começa novamente quando o romance se volta para as questões sociais da França. Revoltosos contra burgueses, estudantes se revoltando contra os policiais da França, tudo isso em um conflito interno que logo, logo seria terminando em tiros e muitas mortes.
Para a surpresa de muitos, os Thénardiers que se diziam ricos no passado, viviam em meio a pobreza de Paris, com uma filha desfarrapada chamada de Epopine.
Porém, o destaque se dá para o jovem Marius, filho de pai burguês, mas apaixonado pelos pobres e revoltosos. Coloca-se rapidamente com os amigos que preveem um golpe de Estado por trás de barricadas da Rua Saint-Denis, em 1832. Após as discussões abertas para o golpe, Marius volta para a sua casa passando por um jardim, e lá encontra Cosette. Ambos se apaixonam rapidamente, e fazem de tudo para se terem um perto do outro.
Bandeiras francesas, cadeiras de madeira e pólvora são o que os estudantes e pobres tinham para atacar os policiais e burgueses naquela noite de revolução. “Vive la France” e “Revolução Francesa” são as palavras mais escutadas entre esses jovens de todas as idades atrás das barricadas instáveis.
O tiroteio começa e Marius ainda não está lá. Onde estará ele? Gritam todos os amigos. Ele estava à procura de Cosette, que rapidamente tivera que se mudar para um esconderijo com Jean Valjean contra Javert. Porém, com um peso na consciência e com vontade de morrer pela prátia, Marius volta com uma arma na mão e pronto para atacar ao lado de seus colegas.
O jovem estava pronto para levar um tiro, quando Epopine entra na frente e acaba morrendo aos poucos por Marius, dizendo que o ama eternamente e mostrando-lhe um bilhete que Cosette deixara para ele. Morrendo em seus braços, a fúria de Marius de vencer e viver ao lado de Cosette cresce cada vez mais, e luta muito até receber um tiro e ficar inconsciente.
Para a surpresa de muitos, Jean Valjean aparece atrás da barricada para auxiliar os jovens e vê Javert como prisioneiro dos jovens da barricada. Muitos são os gritos para pedir que Jean Valjean mate Javert a tiros, mas Jean Valjean se recusa e ajuda o inimigo a fugir, implorando para que não volte nunca mais. Javert, chocado com toda essa situação, havia prometido para as estrelas que não morreria sem ter Jean Valjean atrás das grades fazendo seu trabalho escravo de antes, porém é contornado pela justiça e acaba se suicidando acima de uma ponte do Rio Sena. É o fim de Javert, e de muitos jovens que iam morrendo aos poucos por falta de pólvora atrás da barricada.
O confuso Jean Valjean vê o amor de sua filha inconsciente, e passa pelos esgotos sujos de Paris para leva-lo ao hospital mais próximo. Ao acordar consciente e com Cosette ao seu lado, Marius tenta entender tudo que aconteceu. Vai ao local da barricada e vê todos os seus amigos mortos lado a lado, as paredes sujas de sangue e o chão com rastros de pólvora molhada. A culpa de estar vivo diante seus amigos mortos sobe, e o atazana durante vários anos de sua vida. O jovem casa-se com Cosette, mas ainda não sabe que Jean Valjean o carregou inconsciente pelos bueiros imundos. Descobrindo isso, procura Jean Valjean e descobre que ele fugiu e deixou a sua amada “filha” Cosette com Marius, pois confia nele e não queria mais que Cosette fosse perseguida como o pai adotivo. Os casados saem à procura do bondoso Jean, e o encontram quase morrendo. Jean Valjean morre em paz, sendo levado pela carinhosa Fantine, que agradece a ele por ter cuidado tão bem da filha.
Esse é o fim do romance de Les Mis.

O romance passou a  fazer tanto sucesso que se tornou também um musical da Broadway. Além disso, as telas resolveram adotar esse romance, e atualmente está nos cinemas, concorrendo ao Oscar com oito indicações. Entre essas indicações, temos: Melhor Filme, Melhor Ator (Hugh Jackman, interpretando Jean Valjean), Atriz Coadjuvante (Anne Hathaway, fazendo o papel da triste Fantine), Canção original, Mixagem de som, Figurino, Design de produção e Maquiagem e cabelo. 

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