Hoje resolvi escrever um pouco sobre uma de minhas bandas favoritas que está aterrizando diretamente da Irlanda, Flogging Molly. O grupo tem uma mistura típica de irish folk com punk rock, além de uma mescla de nacionalidades presente em grande parte de suas músicas. Tendo como uma de suas características garantidas agitar o público, Flogging Molly conseguiu deixar uma marca memorável de seu show a todos que por lá compareceram.
Ao contrário do que muitos pensam, a banda é americana, mais especificamente de Los Angeles, Califórnia. Quem iniciou os processos musicais do grupo em 1997, foi Dave King, vocalista, nascido em Dublin, depois juntando outros integrantes do grupo como Bridget Regan, Bob Schmidt, Tedd Hutt, Nathen Maxwell, Matt Hensley e Dennis Casey.
O bar Molly Malone Irish Pub - que mais tarde seria parte do nome - foi palco inicial para para a mistura de acordeão, violino e bandolim do conjunto, além de berço para suas primeiras músicas. Ao longo dos anos, Flogging Molly foi se juntando a indústria da música, gravando e regravando, e assim alcançando sucesso mundial através de suas canções famosas como Drunken Lullabies, Devil's Dance Floor, Black Friday Rule, Salty Dog, entre outras.
Desde o ano de seu início, a banda conta com 9 álbuns renomadíssimos, sendo os principais Swagger (2000), Drunken Lullabies (2002), Whiskey on a Sunday (2006) e Float (2008). Vale destacar também que o grupo compôs parte da trilha sonora dos filmes Ps: I Love You, com If I Ever Leave This World Alive e Mr. & Mrs. Smith, com The Worst Day Since Yestarday.
Se a sua vontade, após ouvir algumas de suas canções, é ir a um show deles - a agenda costuma ser espalhada pela Europa e Estados Unidos - prepara-se para ir vestido de preto, de verde ou fantasiado de leprechaun (figura mitológica da Irlanda), além de ficar imerso a rodinhas punk em frente ao palco, regado de whisky e cerveja a noite toda.
Não sei se muitos de vocês pensavam isso quando pequenos, mas a
minha maior dúvida após assistir a um filme da Disney ou da Pixar era sempre saber em
que parte do mundo se passava a história. Algumas ficavam mais fáceis – devido a
características marcantes do local que o longa mostrava, ou até mesmo a
bandeira exaltada durante o filme – como Hércules, na Grécia; Lilo & Stitch,
no Havaí; Mulan, na China ou A Nova Onda do Imperador, no Peru.
Empresas como Disney e Pixar são conhecidas também por
manter mensagens implícitas em seus filmes, estas passando despercebidas por telespectadores em clássicos. Essas empresas multinacionais já
criaram filmes o suficiente para cobrir grande parte do mapa mundi – da Europa
à América do Sul, dos Estados Unidos à África. Analisando minuciosamente determinados
longas-metragens que ambas produzem, percebe-se que nem sempre fica claro e
evidente o local.
Começando o nosso tour pela riquíssima América Latina,
nos deparamos com um filme que marcou infâncias mais “contemporâneas”, como Up – Altas Aventuras. Este longa se passa
na Venezuela, mais precisamente mostrando o salto mais alto do mundo: Salto
Ángel, com 979 metros de altura. Neste tocante filme, o local é apelidado de “Paradise Falls”, onde Carl decide
transformar sua casa num balão e se mudar diretamente para lá.
Salto Ángel, Venezuela, retratado no filme Up - Altas Aventuras
Subindo um pouquinho, nos encontramos na fronteira
entre os Estados Unidos e o México. Sabem para qual filme essa fronteira se
tornou cenário?Vida
de Inseto. Produzido pela Pixar em novembro de 1998 e distribuído
pela Disney algum tempo depois, o filme mostra muito de um dia a dia utópico de
insetos, mas o seu local se torna – mais ou menos - visível quando se nota a
migração dos gafanhotos e os períodos de chuva apresentados, característica
típica dessa fronteira.
Trecho do filme "Dumbo"
Grande parte dos filmes produzidos pelos estúdios se
passa nos Estados Unidos. Um dos exemplos é o famoso Toy Story, que ocorre na cidade de Ohio, coincidindo o clima e também
uma teoria de que a história é a representação do realizador do filme, Lee
Unkrich – nascido e criado em Ohio. Além de Toy Story, nos deparamos frente a
frente com um dos meus clássicos preferidos da Disney, Dumbo. Este filme ocorre na Flórida, e foi lançado pela Disney em
outubro de 1941, tornando-se o mais bem sucedido da empresa nos anos 40. Além
de uma animação marcante, Dumbo ficou famoso também devido as suas canções “Pinks Elephants on Parade” e “When I See an Elephant Fly”.
Atravessando o Oceano, chegamos a Europa com uma gama
de opções. Entre clássicos e contemporâneos, muitos filmes da Disney e da Pixar
tem como lugar metrópoles, cidades e vilarejos europeus.
A Alemanha foi palco do filme A Branca de Neve e os Sete Anões, um conto de fadas divulgado pela
Disney no ano de 1937, baseado no conto dos Irmãos Grimm. Existe a famosa rota romântica na Alemanha, que vai desde Füssen
até Wurzburg. Nessa viagem, os turistas se deparam com pequenos vilarejos e
tradições alemãs muito semelhantes as que vemos em filmes de contos de fadas –
principalmente em Branca de Neve.
Pinocchio, ou
também conhecido como Pinóquio, é o protagonista de um dos filmes animados mais
famosos. O bonequinho de madeira, que tinha um nariz que crescia a cada mentira
que dizia, tem como palco a belíssima Itália, mais especificamente Florença. O
filme é considerado atualmente um dos mais bem produzidos pelo estúdio Disney,
datado do ano de 1940.
Peter
Pan,
produzido em 1953 e baseado numa peça teatral, é um longa animado que marcou a
infância de muitos de nós. Tendo como plano de fundo Londres, na Inglaterra,
alguns trechos do filme mostram claramente o local - vista panorâmica da capital inglesa – e
também o Big Ben, um cartões postais da cidade.
Filme "Peter Pan" mostrando o Big Ben
Descendo, nos encontramos em meio à flora africana.
Filmes como Tarzan e O Rei Leão ficam nítidos terem como
cenário o continente da África, mostrando muitas vezes uma realidade distorcida
- e talvez um pouco ignorante – do local, especialmente no filme de Tarzan, em
que o autor original do personagem cria uma visão de “civilizações perdidas” em
meio a selvas. A Disney não deixa claro quais os exatos países, porém é
possível pensar, dentro das características, que o primeiro se encaixe na Nigéria,
e o segundo deixe dúvidas entre a Tanzânia e o Quênia. (Leia mais sobre “O Rei
Leão” em: http://lecroissantvoyageur.blogspot.com.br/2014/01/segredos-de-o-rei-leao.html).
Uma pequena paradinha na Ásia merece o nosso destaque. Mogli, o Menino Lobo, é um filme da
Disney baseado em um livro do autor Rudyard Kipling (1865-1936), que fez um
sucesso estrondoso no ramo da arte. Esse longa se passa nada menos do que na
Índia, onde os personagens famosíssimos Mogli e Balu se juntam para cantar “necessário, somente o necessário, o
extraordinário é demais...”
Opera House Sydney aos fundos do filme "Procurando Nemo"
Encerrando nossa pequena volta ao mundo, a
Austrália é o lugar escolhido do filme Procurando
Nemo. A trama se passa na Grande Barreira de Corais - finalista da New7Wonders
of Nature (Sete Maravilhas Naturais do Mundo) –
além de mostrar também a Opera House Sydney, uma vez que Marlin chega ao seu destino.Vencedor
do Oscar de Melhor Filme de Animação em 2004, o filme retrata a vida submarina
semelhante á vida humana, tendo como personagens principais Marlin, Nemo, Dory.
Com muitas saudades de Paris, me dediquei a assistir
pela décima vez Meia-Noite em Paris. Aquelas paisagens turísticas e a trilha
sonora criaram uma pauta inusitada na minha cabeça: quero destacar e contar um
pouco da vida de cada personagem artístico que aparece na trama. Desde Picasso
até Dali, desde Cole Porter até Hemingway.
Aos que não conhecem, o filme é uma comédia romântica
dirigida por Woody Allen, com a presença de Owen Wilson, Rachel McAdams e
Marion Cotillard no elenco. Lançado em 2011, Gil (Owen Wilson) vai com sua
noiva Inez (Rachel McAdams) para Paris – cidade que lhe desperta sentimentos
positivos – e tenta a todo custo ter ideias e escrever o seu livro, uma vez que
ele é escritor e roteirista. Durante passeios noturnos, que realiza sozinho
pela capital, é transportado para diferentes épocas a partir do badalar dos
sinos da meia-noite. Então, conhece personalidades fortíssimas do meio artístico
e cultural, como o casal Fitzgerald, Ernest Hemingway, Pablo Picasso, Salvador
Dalí, além de se apaixonar por Adriana (Marion Cotillard). A trilha sonora é composta
pelo francês Stéphane Wrembel, sucesso garantido com a famosa música “Bistrô
Fada”.
Gil (Owen Wilson) no filme Meia-Noite em Paris
Como são muitos os personagens apresentados no longa
metragem, não colocarei todos aqui. Embora todos, sem exceção, mereçam uma
descrição aprofundada sobre as suas contribuições para o universo cultural,
porém cito aqui apenas alguns dos mais famosos: Cole
Porter (1891-1964): músico e compositor americano, Porter foi
um dos maiores contribuintes para o Great
American Songbook – lista americana que engloba as canções mais famosas e
populares dos Estados Unidos do século XX. No filme, Porter aparece cantando sua
obra “Let’s Do It”, que o levou para a Broadway no ano de 1928.
F.
Scott Fitzgerald (1896-1940): considerado um dos maiores escritores
do século anterior, Fitzgerald ficou famoso devido a suas grandiosas obras “O
Grande Gatsby” e “O Curioso Caso de Benjamin Button”. Infelizmente, sua saúde
foi fortemente afetada pelo alcoolismo, vindo a falecer alguns anos depois e
deixando uma marca simbólica para a literatura mundial. Durante a trama, o
escritor aparece sempre em festas, com sua esposa.
Zelda
Fitzgerald (1900-1948): esposa do escritor F. Scott Fitzgerald, Zelda
também era escritora – mais precisamente de romances – e apelidada
carinhosamente de “a primeira melindrosa americana”. O casal fez sucesso logo no início da
carreira, e foram considerados por veículos de comunicação americanos como a
concretização da “Era do Jazz”.
Josephine
Baker (1906-1975): dançarina e cantora norte-americana,
Baker é também conhecida como “Vênus Negra” ou “Pérola Negra”. Eu nunca tinha
ouvido falar dela, e a deixei passar sem dar muita atenção quando revi o filme,
porém uma dica aos amantes da dança: procurem por ela. Com um gingado
impressionante, a Vênus Negra pode ser considerada a rainha do charleston (dança surgida nos anos 20,
som de divertimento dos cabarés).
Josephine Baker, dançarina e cantora
Thomas
Stearns Eliot (1888-1965): popularmente conhecido como
T.S. Eliot, foi um poeta, dramaturgo e crítico literário americano. Honroso
devido as suas obras recebeu o Prêmio Nobel da Literatura em 1948 e foi criador
do famoso poema “A Terra Desolada”. Eliot mostrou durante toda sua vida uma
linha de afeição para os Estados Unidos e a Inglaterra.
Ernest
Hemingway (1899-1961): o célebre escritor e jornalista
norte-americano teve as suas obras marcadas devido ao seu trabalho de
correspondente de guerra, onde cobriu a Guerra Civil Espanhola. Instalou-se em
Madrid, partindo logo depois para Cuba, mais especificamente Havana. Hemingway
escreveu romances durante toda sua vida, desde “Por Quem os Sinos Dobram” até “O
Jardim do Éden” e na trama, nota-se o escritor de forma distante, fria, sempre
recitando suas frases famosíssimas de vida.
Pablo
Picasso (1881-1973): provavelmente Picasso é um dos artistas
mais conhecidos nesse mundão. Claro que ele merecia um post á parte, apenas
dele, porém tentarei ser breve e concisa em meu pequeno resumo sobre o pintor.
Espanhol, além de pintor foi também dramaturgo e poeta, sendo um dos artistas
mais influentes do século XX e co-criador do movimento cubista. É criador das
obras “Guernica”, “Les Demoiselles d’Avignon” e “Le Rêve” reconhecidas e
repintadas por milhares de outros artistas, em forma de paródia ou imitação
proposital. Picasso teve os seus anos marcados por fases, estas muito famosas
no mundo da arte – fase azul, fase rosa, fase africana, fase do cubismo.
"Guernica", obra de Pablo Picasso
Paul
Gauguin (1848-1903): pintor francês, contou com uma forte
relação artística com o pintor Vincent Van Gogh e é conhecido pelas suas
obras “When Will You Mary?” e “Where Do You Come
From?”. Seus quadros tem um quê de influência
de lugares como Taiti, Martinica, uma vez que morou lá para se libertar dos
condicionamentos que a Europa oferecia.
Edgar
Degas (1834-1917): meu pintor e escultor favorito também
merece uma matéria a parte, porém é indispensável resumir brevemente a sua
trajetória aqui. Parisiense nato, Degas é conhecido pelos seus quadros e esculturas
de bailarinas, captando muito bem os movimentos e gestos das dançarinas.
Dificilmente enquadrado em um movimento, tem mais tendência a se encaixar no
impressionismo, devido às cores e os tons pastéis que utilizava em seus
quadros. Suas obras mais famosas são “A Pequena Bailarina de Quatorze Anos”, “A
Primeira Bailarina”, “A aula de dança”.
Salvador
Dalí
(1904-1989): e por último – mas não menos importante – está Dalí, aquele ícone singular
do universo da arte. Pertencente ao movimento surrealista, suas obras como “A
Persistência da Memória” e “Metamorfose de Narciso” são famosas ao redor do
mundo. Embora por poucos minutos, Dalí é representado pelo brilhante ator
Adrien Brody, no filme de Meia-Noite em Paris.
Ao som de muita música eletrônica e ainda na pegada da Tomorrowland, decidi desviar um pouco o assunto de viagens e ranquear os meus DJs favoritos.
Com muita dificuldade e depois de ter pensado (e escutado) muito, listo aqui o meu TOP 7, com algumas músicas e informações para vocês.
7. Martin Garrix
Super novinho (18 anos!), conseguiu conquistar rádios e pistas do mundo inteiro com seus sets remixados que não deixam ninguém parado. Nascido em Amsterdã, na Holanda, Garrix se apaixonou pela eletrônica ao assistir um show de Tiësto, na abertura dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. Ao longo dos anos, Garrix conseguiu manter sua fama de DJ tocando em eventos, e conquistou sucesso mundial com seu single "Animals", lançado em 2013.
Tornou-se o DJ mais novo a alcançar o Beatport - site de compra de música online do gênero de música eletrônica - e hoje faz parceria com outros compositores renomados, além de sucessos internacionais como "Wizard", "Turn Up the Speakers", "Tremor" e "Virus".
6. Tiësto
O mais velho da nossa lista é ele, o holandês Tijs Michiel Verwest, ou Tiësto, como é conhecido. Com 46 anos, o DJ está em atividade desde 1985 e agita baladas e festivais de todos os continentes, até hoje.
Os seus gêneros musicais são variados e podem ser resumidos em eletrônica, trance, trance progressivo - versão mais calma e lenta do trance normal - dance e house. Tiësto foi considerado o melhor DJ do mundo três vezes consecutivas pela DJ Magazine (2002, 2003 e 2004), ou também chamada de Djmag, revista mensal do Reino Unido que elege os melhores compositores e singles (djmag.com). Ademais, Tiësto ganhou títulos como Dance Music Award Germany Best Trance Artist, World Dancestar Award U.S.A. Best International DJ e IDMA award for Best Global DJ, mostrando o seu reconhecimento mundo afora.
5. David Guetta
Com uma pegada mais pop do que a maioria, Guetta não podia deixar de aparecer nessa lista. Nascido na França em 1967, tem título de compositor, produtor e DJ, além de parcerias com grandes nomes da música contemporânea como Rihanna, Flo Rida, Sebastian Ingrosso, Nicki Minaj, Ariana Grande, Avicii, Ne-Yo, entre muitos outros.
Uma pequena curiosidade para os fãs: o francês já remixava e organizava festas em seu porão aos 14 anos de idade, e desde então domina os primeiros lugares de rádios, listas e nominações.
Seu primeiro hit foi "The World Is Mine", em 2005, seguido de músicas que viriam a ser sucesso como "Love is Gone", "Dangerous", "Play Hard", "She Wolf", "Memories", "Lovers On The Sun". Indicado a alguns prêmios importantes da música como Grammy Awards, venceu duas vezes "Gravações Remixadas", com os singles "Revolver" e "Sunshine" (a última, sendo parceria com Avicii).
4. Armin Van Buuren
Eleito pela Djmag o número 1 cinco vezes consecutivas, Armin Van Buuren é considerado um dos melhores DJs e produtores musicais. Nascido na Holanda, mais especificamente em Leiden, o DJ tem alguns apelidos que merecem destaque: Amsterdance, Gaia, E=mc².
Sua fama se dá não apenas pelas suas músicas e remixes famosérrimos como "In and Out of Love", "This Is What It Feels Like", mas também pelo seu programa semanal de rádio chamado A State of Trance (enter.astateoftrance.com), lançado em 2001 e com milhares de ouvintes.
3. Afrojack
O Top 3 é sempre o mais difícil de eleger, mas vamos lá. A minha escolha para o terceiro lugar foi Afrojack, ou Nick van de Wall para os super íntimos. Holandês, 27 anos de idade e em atividade desde 2006, chama a atenção pelos seus diversos remixes e participações especiais em singles como "Give me Everything", "Hey Mama" e "Turn Up The Speakers".
Embora tenha encarado algumas críticas com seu novo álbum "Forget the World", o DJ é uma ótima pedida aos amantes de música eletrônica, uma vez que "Ten Feet Tall", "Illuminate", "The Spark" não param de tocar.
2. Avicii
Tim Bergling ou Avicii, é um DJ sueco muito renomado que ao longo de sua carreira fez parcerias fortíssimas com artistas do mundo musical. Seus hits - assim como David Guetta - tem uma tendência a aparecer com mais frequência em rádios e clipes de televisão, uma vez que tem um estilo mais "leve" e personalizado.
Fortemente influenciado por Tiësto, David Guetta e Sebastian Ingrosso, o DJ sueco produziu sucessos como "Wake Me Up", "The Days", "The Nights", "Levels", "Hey Brother", que se tornaram músicas essenciais em baladas e shows do mundo inteiro.
1. Hardwell
A minha primeira posição vai para Hardwell, o meu ponto fraquíssimo da música eletrônica atual. Com 27 anos de idade, nascido em Breda, Holanda, Hardwell é atualmente o DJ número 1 nomenado pela DJ Magazine, Djmag.
Dono de sua própria gravadora, Revealed Recordings, o holandês é produtor musical de trance progressivo e electro house. Embora os seus sucessos remixados sejam variados, existem músicas que se destacam no cenário internacional como "Call Me a Spaceman", "Apollo", "Dare You", "Never Say Goodbye", "Young Again".
Em
meio as minhas férias compostas por cidades grandes com imensas arquiteturas,
fiz um pequeno break para visitar a charmosa Honfleur, no norte da França, mais
precisamente há 197 km e mais precisamente ainda, há 2 horas e 2 minutos
de Paris. Com cerca de 8 mil habitantes, Honfleur pertence a região da
Normandia (famosa entre os franceses pela sua constante chuva), e abriga
consigo uma misto de história, arte e representação religiosa. Por mais que não
seja muito grande, a cidade consegue satisfazer muitos gostos, e por isso vê-se
com facilidade casais jovens, mais velhos, famílias ou viajantes individuais.
Ao andar pelo centro, é possível avistar de primeira o mais famoso ponto
turístico: Le Vieux Bassin, o porto de Honfleur. Rodeado por casas coloridas
com janelas de todos os tamanhos, os turistas que visitam Honfleur tem uma
selfie obrigatória neste local.
Le Vieux Bassin, porto de Honfleur
Existem (pequenos) caminhos alternativos para se andar
pela cidade, e nesses caminhos damos de cara com antigos casarões – típicos da
época medieval – construídos a base de pedra e madeira, muitos deles
transformados, hoje em dia, em museus. As ruelas parecem ter visto gerações de
pintores como Gustave Coubert (1819-1877, pintor francês que tinha suas obras
baseadas em cenas camponesas; famoso pelo quadro "A Origem do Mundo")
e Claude Monet (1840-1926, um dos pioneiros do movimento impressionista;
conhecido por uma de suas muitas obras, "A Ponte Japonesa").
Honfleur é, muitas vezes, ponto de partida
para quem deseja descobrir a Normandia, e por isso a pequena cidade é
estruturada para receber turistas. Com lojas e mais lojas em suas
estreitíssimas ruas, há diversos restaurantes típicos e creperias de dar água
na boca. Com muitas boutiques espalhadas, a maioria vende produtos artesanais
como queijos ou Calvados - bebida alcóolica à base de maçã, tipicamente
normanda - e também pequenas lembrancinhas feitas à mão. Vale lembrar que
estamos na França, então galerias de artes clássicas e contemporâneas sempre
estão presentes, sejam pequenas ou grandes.
Interior
da Église Sainte Catherine, Honfleur
Além de oferecer muito para ver, comer e
beber, Honfleur também é rica quando se trata de locais para visitar. Desde aÉglise Saint Catherine(Igreja de Santa Catherine),
emblemática arquitetura feita de madeira, nos fazendo voltar no tempo quando a
visitamos por dentro, até oMuseu
de Eugène Bodin*, com pinturas típicas da região, da autoria de artistas
franceses.
*Eugène Bodin(1824-1898) – Nascido em Honfleur, foi um dos precursores do impressionismo e hoje tem seu nome gravado de maneira histórica na
cidade. Suas obras representam bem o que é o Norte da França, como “Praia em
Trouville” e “A entrada do porto em Dieppe”.
A capital espanhola é um misto de vibrante, de moderno, de antigo,
de cultura, de agitação. Diversas palavras podem definir Madri mas, na minha
opinião, uma consegue resumir melhor: majestosa.
Bem estruturada para receber pessoas do mundo inteiro, é uma ótima
opção para quem busca conhecer a cultura típica espanhola, comer tapas
(aperitivos servidos em bares) e bailar mucho. Sede de muitos museus, teatros e
universidades, Madri dá as boas vindas a todos que chegam para descobri-lá.
Palácio Real, Madri
Madri é uma cidade muito grande, e muitas vezes existem atrações
que não são muito divulgadas em roteiros e revistas de viagens, mas que merecem
nossa atenção e um pequeno espaço no roteiro, como o primeiro restaurante do
mundo (Botín) ou o Teatro Espanhol. Listo abaixo alguns dos pontos turísticos
que visitei no (frio) mês de janeiro.
Puerta de Alcalá–
Situada na Plaza de la Independência, a Puerta de Alcalá parece mais um ponto
central, sendo considerado o cartão postal da cidade.
Parque do Bom Retiro– Sou
suspeita para falar desse local, porque foi o meu favorito. O parque começa e
termina bem, é grandioso, tem espaço, é uma mistura de monumentos, natureza,
lazer e descontração. Dentro dele, obras turísticas como o Palácio de Cristal e
a Fonte do Anjo Caído. Ponto de encontro de milhares de skatistas, professores
de yoga, jovens, atletas, o parque conta com jardins maravilhosamente lindos e
bem cuidados.
Parque do Bom Retiro, Madri
Museu do Prado – Com obras de Velázquez e Goya, o Museu do Prado é
uma atração imperdível. Se escolher visitar o local, vá com calma, pois cada
ala compõe muitas pinturas, esculturas, desenhos de diferentes artistas. Uma
pequena dica: Aos domingos, das 17h ás 19h a entrada é gratuita.
Plaza Mayor– Com
muita história, essa é a praça principal da capital espanhola. Em sua volta,
pequenos restaurantes e lojinhas de souvenirs recebem os turistas e moradores a
qualquer hora do dia.
Palácio Real– Por
muitos anos sendo residência oficial da família real espanhola, o palácio
reflete o luxo da época em seu exterior, e é uma das maiores e mais belas
atrações da cidade.
Plaza de Toros – Próximo ao metrô Las Ventas, a temporada das
touradas tem início no mês de março e se prolonga até o mês de outubro, com
shows em alguns dias da semana. Dica aos mochileiros que não querem gastar
dinheiro com táxi, metrô, ônibus: se escolher ir até a Plaza de Toros, prepare as suas pernas para andar
(muito).
El Oso y El Madroño–
Localizado no centro, é o símbolo da capital. Próximo a ele também temos o
Marco Zero, onde milhares de turistas pisam todos os dias para desejar um dia
retornar a Madri.
Mercado de San Miguel– Aqui
estão reunidos diversos mix de sabores, como queijos, jámons, salames,
sangrias, churros, amêndoas, vinhos. O movimento é intenso durante todos os
dias, especialmente aos domingos, porém vale lembrar que a proposta gourmet
deles tem um preço salgado. Eu e minhas duas companheiras de viagem passamos
por uma pequena experiência que gostaria de revelar aqui: quando avistamos o
espaço japonês, com milhares de sushis, sashimis, naguiris, corremos para lá. A
nossa felicidade estava no auge quando vimos que todas aquelas delícias em uma
caixinha eram apenas 1 euro, e já estávamos tirando de nossos bolsos as moedas,
e... Não. Não era 1 euro a caixinha inteira, mas sim, 1 euro por sushi. Doce
ilusão a nossa. Então, venham preparados para comer bem e pagar bastante.
Vitrine do Mercado de San Miguel
A capital representa
bem o que a parte latina europeia oferece, então aos amantes de cultura,
gastronomia e aventuras, Madri não pode deixar de estar na lista da próxima
viagem.
Do rock ao punk, do flamenco ao tango, do cigano ao folk, a banda Gogol Bordello é um típico exemplo que não ganhou um espaço midiático tão grande, tornando-se menos famosa e um pouco mais "esquecida" nas rádios que ouvimos cotidianamente. Mas isso não a torna menos especial, muito menos pouco fabulosa.
Gogol Bordello existe desde 1999, originada em Nova Iorque, onde dez pessoas de etnias totalmente diferentes se juntaram e se lançaram no mundo da música. Entre os dez integrantes, apenas duas têm a mesma nacionalidade russa, sendo os outros pertencentes a Ucrânia, Israel, Etiopia, Trindade, Estados Unidos, China, Escócia, Equador. Uma explosão de nacionalidades.
Um fator importante a ser destacado e que é notado ao se ouvir pela primeira vez uma única música de Gogol Bordello, é que não apenas os integrantes da banda são de um pequeno pedaço de cada parte do mundo, mas também as músicas. Em "Malandrino" e "Pala Tute", os instrumentos e a linguagem italiana brilham; em "Not a Crime", um punk rock irlandês misturado com uma sequência de música do leste europeu tomam conta da cena; a canção "Dip Deep Enough" se inicia com um ritmo espanhol, acompanhado minutos depois de um ritmo mais voltado ao rock americano.
Cada um com sua garrafa de vinho na mão, a banda de punk cigano não deixa ninguém parado em seus shows. Todos os integrantes passam a sensação de que está sendo prazeroso tocar os diversos instrumentos, e se esforçam para que seja ainda mais prezeroso para os ouvidos dos fãs da banda multiétnica. Além disso, uma performance teatral e a dança de rua se destacam para harmonizar ainda mais o ambiente da apresentação.
O vocalista Eugene Hutz, incansavelmente genial, convoca em muitas de suas músicas a situação imigrante de pessoas, trazendo uma crítica social, além de ter vivido ele próprio muitos períodos dessa maneira. Ao assistir alguns clipes da banda como "Wonderlust King"e "Immigraniada", esses elementos se sobressaem de maneira enfática, através de imagens. Vale notar também que o Brasil é uma grande inspiração em suas canções, trazendo ritmos como o maracatú, baile funk, forró, samba, e ganhando uma canção especial denominada "My Companjera". Alguns membros da banda moraram em diferentes partes do Brasil, o que explica as características brasileiras, e a recepção calorosa que a banda recebe quando faz shows por aqui.
Ao todo, Gogol Bordello conta com seis álbuns: (1999) VoiLa Intruder - (2002) Multi Contra Culti VS Irony, (2005) Gypsy Punks: Underdog World Strike - (2007) Super Taranta! - (2010) Trans-Continental Hustle - (2013) Pura Vida Conspiracy. Todos eles apresentam uma característica em comum que é o fato de querermos correr para conhecer o mundo.
Gosto musical não se discute, mas para os fãs (que nem eu) de Gogol Bordello, podemos concordar que é mais que uma banda. É um movimento artístico e cultural que traz á tona não apenas a arte corporal, vocal, mas também uma apuração bem feita dos ritmos culturais do mundo inteiro. Abaixo, uma misutra confusa, sensacional e explosiva que define Gogol Bordello e o seu sucesso: