sábado, 12 de julho de 2014

Na trilha da sétima arte

É muito difícil imaginar como era assistir, antigamente, filmes sem o acompanhamento de uma música. As trilhas sonoras são elementos mais do que essenciais em uma narrativa cinematográfica, e muitos compositores personalizaram e deixaram registradas trilhas que não serão esquecidas nunca. Existem muitos compositores notórios, e a seguir apresento alguns dos que considero mais relevantes para o cinema.

Yann Tiersen (1970-presente)
Embora não seja tão popular como muitos dos compositores aqui presentes, Yann Tiersen é conhecido principalmente na Europa por participar de trilhas sonoras de filmes como "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain" (2002) e "Adeus Lênin!" (2003). O compositor Yann Tiersen, francês com raízes norueguesas e belgas, tem o papel de dar relevância aos detalhes do filme com sua música. O piano e o violino sempre comparecem em suas obras, auxiliando para que a imersão e a particularidade se tornem elementos que não faltam em suas melodias, escutadas e compartilhadas pelo cinema contemporâneo e pelos ramos artísticos dos mais diversos.
Alguns de seus álbuns que merecem um destaque são “La Valse des Monstres”, “L’Absent”, “Le fabuleux Destin d’Amélia Poulain e "Goodbye Lenin!".

Clicando no link abaixo pode-se escutar um de seus clássicos:

Enio Morricone (1928-presente)
Italiano, misterioso e ativo, o compositor Enio Morricone tem um histórico musical muito representante no cinema. Ainda em atividade, Morricone deu vida a filmes muito famosos como “Por uns dólares a mais” (1965), “Os Intocáveis” (1986), “Cinema Paradiso” (1988) e “Bastardos Inglórios” (2009).
A maioria de suas obras contém um toque faroeste, nos levando para a época pedida e também participando da trama do personagem de maneira única.
Indicado para cinco Oscars, nunca venceu nenhum. A Academia decidiu então, devido a sua participação intensa e contribuição para a sétima arte, dar-lhe um Oscar honorário, que foi entregue por Clint Eastwood em 2007.

Devido a uma preferência particular, ressalto a trilha sonora de Cinema Paradiso, pois contém uma emoção e uma força como poucas outras trilhas sonoras apresentam:

Hans Zimmer (1957-presente)
Compostior e produtor musical, o alemão Hans Zimmer é um dos mais conhecidos e citados pela indústria cinematográfica hoje em dia. Seus trabalhos são extremamente bem representados em filmes como “Gladiador” (2000), “Pearl Harbor” (2001), “Piratas do Caribe – Baú da Morte” (2006), “Piratas do Caribe – No Fim do Mundo” (2007), “Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas” (2011), “A Origem” (2010), “Sherlock Holmes” (2009), “Sherlock Holmes – O Jogo das Sombras” (2011), “12 anos de escravidão” (2013), entre muitos outros.
Seu mérito é grande, e por isso levou para casa um Oscar em 1995 de Melhor Trilha Sonora Original devido ao longa metragem “O Rei Leão”, que fez um sucesso estrondoso. Além disso, 2 Globos de Ouro também foram creditados a ele, tornando seu trabalho parte de uma era peculiar do cinema.

É possível notar na trilha de “Piratas do Caribe” a presença de sintetizadores, grande marco de suas obras:

Bernard Herrmann (1911-1975)
Não é possível imaginar como seriam os filmes de Hitchcock sem a presença sonora de Bernard Herrmann. Suas obras tem o poder de despertar um suspense único em quem as ouve, e devido a isso se encaixam muito bem em todos os filmes que Herrmann já contribuiu.
Criou sinfonias e óperas marcantes, além de peças radiofônicas que seriam usadas para momentos memoráveis da comunicação como “A Guerra dos Mundos”, em 1938, direto da emissora CBS.
Filmes como “Cidadão Kane” (1941), “Psicose” (1960), “Vertigo” (1958), “Táxi Driver” (1975), foram patamares que Herrmann alcançou para se tornar um dos compositores mais personalizados do cinema mundial.

Abaixo, a trilha sonora de Psicose fica como dica para quem gosta de um suspense, a qualquer hora do dia:

Nino Rotta (1911-1979)
Escritor de óperas, ballets e peças teatrais, Nino Rotta produziu trilhas sonoras excepcionais e contribuiu assim, de uma maneira grandiosa para o cinema, em especial para o cinema italiano.
Participou de filmes ilustres como “La Dolce Vita” (1960), “8 1/2” (1963), “Romeu e Julieta” (1968), “Poderoso Chefão” (1972) e “Poderoso Chefão – Parte II” (1974).

Poderoso Chefão, tornou-se, segundo muitos analistas e estudiosos do cinema, um dos filmes mais importantes já criados. Um toque misterioso e melancólico toma conta de sua trilha sonora, sendo no primeiro ou no segundo longa:

John Williams (1932-presente)
O compositor John Williams merece um destaque especial no ramo da música cinematográfica, devido aos inúmeros filmes em que já teve suas obras representadas. Sua parceria com Steven Spilberg é notória, e devido a isso conseguiu marcar a audição dos telespectadores, sendo reconhecível a cada instante de suas trilhas sonoras.
John Williams foi a pessoa mais chamada ao Oscar na história do evento, sendo indicado 49 vezes. A sua primeira indicação é por sua trilha sonora no “Valley Of The Dolls”, de 1967.
O compositor contribuiu para “Tubarão” (1975), “Tubarão 2” (1978), “E.T. – O Extraterrestre” (1982), “Jurassic Park” (1993), “A Lista de Schindler” (1993), “Star Wars” (todos), “Harry Potter” (todos), entre outros.

Relevante pela sua dramaticidade, a trilha sonora de “A Lista de Schindler” ganha destaque entre as músicas de John Williams:


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