É muito difícil imaginar como era assistir, antigamente, filmes
sem o acompanhamento de uma música. As trilhas sonoras são elementos mais do
que essenciais em uma narrativa cinematográfica, e muitos compositores
personalizaram e deixaram registradas trilhas que não serão esquecidas nunca.
Existem muitos compositores notórios, e a seguir apresento alguns dos que
considero mais relevantes para o cinema.
Yann Tiersen (1970-presente)
Embora não seja tão popular como muitos dos
compositores aqui presentes, Yann Tiersen é conhecido principalmente na Europa por
participar de trilhas sonoras de filmes como "O Fabuloso Destino de Amelie
Poulain" (2002) e "Adeus Lênin!" (2003). O compositor Yann Tiersen, francês com raízes
norueguesas e belgas, tem o papel de dar relevância aos detalhes do filme com
sua música. O piano e o violino sempre comparecem em suas obras, auxiliando
para que a imersão e a particularidade se tornem elementos que não faltam em
suas melodias, escutadas e compartilhadas pelo cinema contemporâneo
e pelos ramos artísticos dos mais diversos.
Alguns de seus álbuns que merecem um
destaque são “La Valse des Monstres”, “L’Absent”, “Le fabuleux Destin d’Amélia Poulain
e "Goodbye Lenin!".
Clicando no link abaixo pode-se escutar um
de seus clássicos:
Enio
Morricone (1928-presente)
Italiano, misterioso e ativo, o compositor
Enio Morricone tem um histórico musical muito representante no cinema. Ainda em
atividade, Morricone deu vida a filmes muito famosos como “Por uns dólares a
mais” (1965), “Os Intocáveis” (1986), “Cinema Paradiso” (1988) e “Bastardos
Inglórios” (2009).
A maioria de suas obras contém um toque
faroeste, nos levando para a época pedida e também participando da trama do
personagem de maneira única.
Indicado para cinco Oscars, nunca venceu
nenhum. A Academia decidiu então, devido a sua participação intensa e
contribuição para a sétima arte, dar-lhe um Oscar honorário, que foi entregue
por Clint Eastwood em 2007.
Devido a uma preferência particular, ressalto a trilha sonora de Cinema Paradiso, pois contém uma emoção e uma força como poucas outras trilhas sonoras apresentam:
Hans
Zimmer (1957-presente)
Compostior e produtor musical, o alemão
Hans Zimmer é um dos mais conhecidos e citados pela indústria cinematográfica
hoje em dia. Seus trabalhos são extremamente bem representados em filmes como “Gladiador”
(2000), “Pearl Harbor” (2001), “Piratas do Caribe – Baú da Morte” (2006), “Piratas
do Caribe – No Fim do Mundo” (2007), “Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas”
(2011), “A Origem” (2010), “Sherlock Holmes” (2009), “Sherlock Holmes – O Jogo
das Sombras” (2011), “12 anos de escravidão” (2013), entre muitos outros.
Seu mérito é grande, e por isso levou para
casa um Oscar em 1995 de Melhor Trilha Sonora Original devido ao longa metragem
“O Rei Leão”, que fez um sucesso estrondoso. Além disso, 2 Globos de Ouro também
foram creditados a ele, tornando seu trabalho parte de uma era peculiar do cinema.
É possível notar na trilha de “Piratas do
Caribe” a presença de sintetizadores, grande marco de suas obras:
Bernard
Herrmann (1911-1975)
Não é possível imaginar como seriam os filmes de Hitchcock sem a presença sonora de Bernard Herrmann. Suas obras tem o poder de despertar um suspense único em quem as ouve, e devido a isso se encaixam muito bem em todos os filmes que Herrmann já contribuiu.
Não é possível imaginar como seriam os filmes de Hitchcock sem a presença sonora de Bernard Herrmann. Suas obras tem o poder de despertar um suspense único em quem as ouve, e devido a isso se encaixam muito bem em todos os filmes que Herrmann já contribuiu.
Criou sinfonias e óperas marcantes, além de
peças radiofônicas que seriam usadas para momentos memoráveis da comunicação
como “A Guerra dos Mundos”, em 1938, direto da emissora CBS.
Filmes como “Cidadão Kane” (1941), “Psicose”
(1960), “Vertigo” (1958), “Táxi Driver” (1975), foram patamares que Herrmann
alcançou para se tornar um dos compositores mais personalizados do cinema
mundial.
Abaixo, a trilha sonora de Psicose fica
como dica para quem gosta de um suspense, a qualquer hora do dia:
Nino Rotta (1911-1979)
Escritor de óperas, ballets e peças
teatrais, Nino Rotta produziu trilhas sonoras excepcionais e contribuiu assim,
de uma maneira grandiosa para o cinema, em especial para o cinema italiano.
Participou de filmes ilustres como “La
Dolce Vita” (1960), “8 1/2” (1963), “Romeu e Julieta” (1968), “Poderoso Chefão”
(1972) e “Poderoso Chefão – Parte II” (1974).
Poderoso Chefão, tornou-se, segundo
muitos analistas e estudiosos do cinema, um dos filmes mais importantes já
criados. Um toque misterioso e melancólico toma conta de sua trilha sonora,
sendo no primeiro ou no segundo longa:
John Williams (1932-presente)
O
compositor John Williams merece um destaque especial no ramo da música
cinematográfica, devido aos inúmeros filmes em que já teve suas obras representadas. Sua parceria
com Steven Spilberg é notória, e devido a isso conseguiu marcar a audição dos
telespectadores, sendo reconhecível a cada instante de suas trilhas sonoras.
John
Williams foi a pessoa mais chamada ao Oscar na história do evento, sendo indicado
49 vezes. A sua primeira indicação é por sua trilha sonora no “Valley Of The
Dolls”, de 1967.
O
compositor contribuiu para “Tubarão” (1975), “Tubarão 2” (1978), “E.T. – O Extraterrestre”
(1982), “Jurassic Park” (1993), “A Lista de Schindler” (1993), “Star Wars” (todos),
“Harry Potter” (todos), entre outros.
Relevante
pela sua dramaticidade, a trilha sonora de “A Lista de Schindler” ganha
destaque entre as músicas de John Williams:
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