quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Jornais nossos de cada dia

Embora muitos rumores são espalhados sobre o futuro do impresso, é importante perceber que ele tem se adaptado as novas plataformas digitais e aprendido a lidar com as redes sociais, tornando o seu conteúdo online e acessível em qualquer tecnologia. Por isso, separei aqui alguns dos jornais mais influentes do mundo, para que tenhamos ideia do quão importante e impactante estes são na história do jornalismo atual e no dia a dia de cada um.


FOLHA DE SÃO PAULO
A Folha de São Paulo é um dos jornais mais influentes do Brasil, contando com diversos exemplares sendo publicados diariamente. Esse veículo de comunicação tão lido por todos os brasileiros, já passou por diversos nomes até chegar ao seu original.
Em 1921 um grupo de jornalistas cria um jornal chamado "Folha da Noite" que circulava durante a tarde e noticiava eventos cotidianos da cidade de São Paulo. Bem sucedidos e com grandes esperanças, criaram então a edição matutina do jornal, nomeada de "Folha da Manhã". Alguns anos mais tarde, em 1949 criou-se então a "Folha da Tarde", que atualmente é substituído pelo nome de Agora São Paulo, jornal muito popular vendido diariamente.
O foco desse grupo era fazer críticas sociais e políticas, em especial do governo de Getúlio Vargas, e foi ganhando espaço nas camadas de classe média do Brasil, dando enfoque a temas muito pouco explorados como esportes, educação e economia.
Essas três "Folhas" se juntaram, e deram origem a tão famosa Folha de São Paulo que chega a nossas portas e tem o seu conteúdo atualizado todas as manhãs.

CORRIERE DELLA SERA
Impresso direto da cidade de Milão, na Itália, o jornal Corriere Della Sera, foi fundado em 1876 pelo político e jornalista Eugenio Viollier. Com intenções de atender o público de classe alta, o fundador acabou por criar um dos jornais que viria a ser o mais lido e com o maior número de publicações em todo o território italiano.
Seu sucessor passou a dar ênfase ao jornal tornando-o múltiplo de conteúdos, e ingressando com a fotografia em suas primeiras páginas, como o resto dos jornais da Europa.
Personagens importantes foram colunistas do Corriere Della Sera, como por exemplo Italo Calvino (escritor), Eugenio Montale (jornalista), entre outros.

LE MONDE 
Le Monde ou Le Monde Diplomatique, é um jornal diferente dos outros porque é publicado mensalmente, e não diariamente. Foi criado em 1844 e tinha como público alvo apenas diplomáticos e profissionais nesse ramo, que adotavam posições políticas que moldariam o estilo do jornal.
Os textos pesados e as informações complexas, limitam os seus leitores e mantém sempre uma postura conservadora e tradicional.
A partir da década de 70, o jornal adotou uma opinião crítica em relação ao neoliberalismo, porém se mantinha neutro diante da Guerra Fria em andamento.
É um dos jornais mais lidos e respeitados no mundo.

EL PAÍS
Jornal de maior tiragem da Espanha, foi criado no ano de 1976 quando o país se encontrava em um período instável devido a morte do general Francisco Franco. Foi pioneiro ao preencher os noticiários democratas, que se encontravam em transe desde então.
Seus contéudos contam com notícias regionais, em especial de Madrid, nacionais e internacionais sobre economia, cultura e política.

DER SPIEGEL
Seu primeiro nome "Diese Woche", surgiu em 1946 quando a Alemanha ainda se encontrava sobre domínio dos Aliados após a Segunda Guerra, em especial dos britânicos.
Com formentadas discussões sobre o veículo, o Diese Woche passou para as mãos de um alemão que o intitulou de "Der Spiegel", em 1947 e assim é nomeado desde então.
Suas publicações semanais chegaram a um milhão quando o muro de Berlim foi derrubado, o que contou para o reconhecimento da marca do jornal pelo mundo inteiro.
O Der Spiegel conta com um conteúdo online (política, cultura, carreira, educação) e televisivo muito influente em todos os países europeus.

THE GUARDIAN
Colorido, o periódico britânico tem seu nome conhecido de duas maneiras: The Guardian ou The Manchester Guardian. De segunda a sábado os ingleses e pessoas de todo o mundo se afogam nas leituras do jornal, que conta com economia, turismo, cultura, esporte, existente desde 1821.
Com diversos prêmios em sua história, o The Guardian mantém um conteúdo online com muitas visualizações diárias e manteve relações com fenônemos ciberculturais como Wikileaks, de Julian Assange.

EL CLARÍN
O jornal El Clarín é o mais procurado e lido da Argentina, e faz parte dos mais influentes da América Latina com sua sede principal localizada em Buenos Aires.
Com origem em 1945, El Clarín era apoiado pelas empresas alemãs e por ideais nazistas durante toda a sua formação. A família Noble, donos do jornal, apoiavam a Ditadura Argentina (1976-1983) e usavam do ditador para que este pudesse auxiliar no extermínio de jornais concorrentes.
El Clarín é um dos maiores opositores ao governo atual, Cristina Kirchner.

THE NEW YORK TIMES
Sem dúvidas, esse é o jornal mais influente do mundo. Primeiro pelo fato de ele ser dos Estados Unidos, potência (ou não) mundial e depois por ser lido em mais de 160 países.
Fundado em 1851 pelos americanos Henry Raymond e George Jones, começou a fazer sucesso a partir das coberturas da  Guerra Civil Americana, e por publicar seus conteúdos diariamente, e não apenas de segunda a sábado como muitos outros jornais europeus tinham o costume de fazer.
O The New York Times foi o primeiro a noticiar o naufrágio do Titanic, em 1912, e também teve um papel fundamental na Guerra do Vietnã.
Por isso e muitos outros furos de reportagens, o periódico ganhou diversos prêmios Pullitzer (mais importante do Jornalismo) com reportagens, videos e fotos de momentos importantes que marcaram a história.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Nazca, um segredo entre linhas

Localizadas no Sul do Peru, as Linhas de Nazca são uma atração muito mais do que turística. Essas formas geométricas de centenas de metros gravadas no chão vermelho, carregam consigo um mistério que até hoje não fica esclarecido.
O clima seco, a ausência de chuvas e os ventos preservaram as linhas e alguns outros sítios arqueológicos localizados na região, como Cahuachi, capital Nazca.
O povo Nazca, que leva o seu nome devido a cidade, viveu entre 300 AC e 800 DC. Eles tem a sua fama devido a essa magnífico mistério, porém também eram habilidosos ao representar cerâmicas zoomórficas (típico da cultura peruana) e criar conduções de água, aquedutos, subterrâneos.


"Aranha", um dos desenhos de Nazca
Pouco se sabendo sobre essas figuras, as teorias são as mais diversas. Entre eles, destacam-se o fato de as linhas representarem o calendário peruano, pois estas seguem segmentos astrológicos. Outra teoria seria sobre mitos religiosos, envolvendo deuses e o povo Nazca. A última, e mais polêmica teoria, é a dos alienígenas. Muitos acreditam que essas figuras gravadas no chão poderiam ser um sinalizador, um "aeroporto" para seres de outros planetas. As perguntas são muitas, e as dúvidas mais ainda.
Provavelmente as várias dúvidas que existam hoje tenham sido criadas por aqueles que não conseguem acreditar que um povo tão primitivo como os Nazca, que viveram antes dos Incas, conseguissem projetar algo tão complexo, com ausência da tecnologia.


O "Macaco" faz parte das linhas misteriosas
Para vê-las melhor, é necessário que os turistas/habitantes façam uso do pequeno avião. Vendo as linhas de cima, conseguimos ter uma ideia mais clara da dimensão dessas figuras (aproximadamente 100 metros cada), e do impacto que elas tem na cultura peruana. Há uma aranha, um macaco, um beija flor, um cachorro. É uma mistura de animais, humanos e figuras não bem definidas que maravilham os olhos há 300 metros de altura.

A cidade de Nazca, pode também ser chamada de Pampa Colorada, e conta com aproximandamente 30.000 habitantes atualmente, vivendo sobretudo do turismo e da curiosidade de turistas e estudiosos.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Tradição dentro e fora de campo

As violentas pisadas no chão, os tapas fortes e a língua a mostra são só um pouco do que o Haka representa. O Haka, ou também chamado de Ka Mate, famoso por ser dançado no início de todos os jogos de Rugby da Seleção da Nova Zelândia (All Blacks)e pelo seu caráter intimidador, tem uma origem do povo Maori, originários da Nova Zelândia. Esse povo tinha como tradição dançar para darem as boas vindas aos visitantes e para festejarem uma data de suma importância.

Diferente de muitos outros povos colonizados, os Maoris conseguiram negociar com os seus colonizadores, no caso os ingleses. Através do Tratado de Waitangi os Maoris conseguiram permanecer donos de suas terras e manter a  sua cultura, porém aceitando o governo inglês quando se tratava de lucro e negócios.
As palavras e os gestos descrevem ancestrais e histórias da tribo, que passaram de geração para geração. A dança Haka traz consigo raça, masculinidade e acima de tudo paixão.
É interessante desatacar também que essa era uma dança  que tinha que ser mostrada de frente para mulheres, assim os homens da tribo provariam a sua masculinidade e conquistariam as mulheres.

No Rugby, os All Blacks dançam ao início dos jogos para manter uma tradição que tem um significado muito forte dentro e fora de campo. A dança é comandada pelo jogador mais velho da Seleção, e com o silêncio do estádio e a barreira que o time adversário forma, acaba gerando uma ambiência de mais competitividade e de tradição.

Letra e tradução do Haka, Ka Mate:



Ringa pakia!Coloquem as mãos contra as coxas!
Uma tiraha!Estufem o peito!
Turi whatia!Dobrem os joelhos!
Hope whai ake!Façam o mesmo com o quadril!
Waewae takahia kia kino!Batam os pés o mais forte que puderem!

Ka mate, ka mateÉ a morte, é a morte!

Ka oraÉ a vida! (ou "Eu vivo!")

Ka mate, ka mateÉ a morte, é a morte!

Ka oraÉ a vida!

Tēnei te tangata pūhuruhuruEste é o homem peludo...
Nāna i tiki mai whakawhiti te rā...Que fez com que o sol brilhasse novamente para mim
Upane...UpaneSuba a escada, suba a escada
Upane Kaupane"Suba até o topo
Whiti te rā,!O sol brilha!



sábado, 5 de outubro de 2013

As bicicletas de Belleville

O longa produzido pelo frances Sylvian Chomet, inaugurado em 2003, não é um longa de animação parecido com tantos outros. As Bicicletas de Belleville, ou Les Tripplettes de Belleville, apresenta personagens desproporcionais, uma narrativa tensa e significados implícitos durante todos os seus 82 minutos.
Embora em sua sinopse o gênero seja apresentado como comédia, o seu humor está em extinção, dando mais ênfase ao drama e a tragédia.
Assim como em muitos outros curtas e longas franceses, não há um diálogo que decorre os minutos de filme. Apenas algumas palavras são trocadas entre os personagens, sendo assim mais enfatizada a questão das imagens e das mensagens escondidas.


A trama começa com um flash-back de tempos antigos de Hollywood, com os americanos estereotipados e pessoas da máfia ouvindo três mulheres cantando em um cabaré.
Logo depois, a historia troca de lado, e fala sobre um menino depressivo chamado Champion, que perdeu os pais, ainda muito jovem, e mora com sua avó (Madame Souza). A velhinha tenta de tudo para animar o garoto, dando-lhe até mesmo um cachorro (Bruno), que vem a ser um dos personagens principais do filme. Nada funciona, até que uma bicicleta muda a vida do menino. O filme passa em questão de segundos para anos depois, e mostra Champion treinando para o Tour de France, competição muito popular que acontece anualmente na França.
O que coloca êxtase no filme é quando o menino acaba sendo raptado por “vilões sequestradores de ciclistas”, vindos da megalópole de Belleville.
Madame Souza e o cachorro Bruno atravessam um oceano de chuva e tempestade, e chega a tal da cidade grande para resgatar o seu neto. É Interessante perceber que ao chegar na cidade, a aglomeração dos prédios faz uma referência direta a apresentação inicial da Disney, com o castelo e fogos de artifício atrás.
A megalópole que se mostra claustrofóbica, não é representada em tons de cinza como na maioria das vezes, mas sim em tons amarelados, para mostrar que a cidade está em meio ao consumo incessante e a industrialização.
Ao chegar lá, Madame Souza conhece as três cantoras que aparecem cantando no cabaré Hollywoodiano no início do filme - o título do filme pode ter uma dupla interpretação, chamado de Trippletes devido ao trio cantor, ou as bicicletas que rodeiam o longa - e começa então uma jornada em busca do neto Champion e dos vilões.
O filme termina com Champion assistindo televisão, sempre com a mesma expressão depressiva e com objetos representativos espalhados por toda a sala.

O filme mostra acima de tudo uma crítica social a sociedade de consumo e ao apego material de muitos, em especial de moradores de cidades grandes como Belleville. Alem disso, há também uma outra crítica presente na questão da obesidade, pois aqueles que não têm uma atividade constante como Champion e as cantoras, são representados como obesos e vegetativos.
Embora a trama seja complexa e confusa, ela nos traz uma originalidade e marca a vida de amantes da sétima arte fazendo-os mergulhar em um mundo bizarro e adotar um carinho pelos personagens. Esse filme é inesquecível, e é preciso assisti-lo no mínimo três vezes para conseguir entender alguns detalhes que passam despercebidos.


O longa metragem de animação concorreu ao Oscar de Melhor Animação em 2004, e teve um orçamento aproximado de 8 milhões de dólares. A trilha sonora foi composta pelo canadense Benoit Charest, originário do Quebec.  

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Palavras que se cruzam

Primeira publicação em 1923
Quem nunca jogou as famosas Palavras Cruzadas? Como para tudo tem uma origem, as Palavras Cruzadas surgiram na Roma Antiga, mas especificamente em Pompeia, Itália, que acabou se tornando ruína devido a erupção de um vulcão de nome Vesúvio.
O modelo que os romanos jogavam é muito semelhante ao que conhecemos atualmente. Com o objetivo de cruzar palavras e achar Palíndromos, que são palavras que podem ser lidas verticalmente ou horizontalmente, o jogo tinha o nome de Laterculus, e já rachava a cuca dos nossos antepassados para encaixar todas as letras.
Com o passar dos anos, foi difícil ver novamente as Palavras Cruzadas no cotidiano das pessoas. Alguns quadros de palavras eram publicados em pequenas revistas da Inglaterra, mas nada além disso.
Porém, foi nos Estados Unidos, na publicação do dia 22 de dezembro de 1913 do jornal New York World, que apareceu a primeira palavra cruzada modernizada. O seu autor era Arthur Wynne (1871-1945), que viria a popularizar o jogo e enquadrar esse modelo em revistas infanto-juvenis. Wynne queria mudar algumas regras do jogo para que se tornasse mais complexo e trabalhoso. Ao invés de dar as palavras de cara, como faziam os romanos, Wynne decide então apenas dar algumas dicas sobre a palavra a ser encontrada.
O jogo se popularizou tanto que apenas alguns anos depois, todos os jornais da América e da Europa tinham obrigatoriamente Palavras Cruzadas em suas editorias de “Diversão”.
Apesar de ser um divertimento e um passamento, o jogo acabou por ter trazer benefícios para os seus jogadores, como trabalhar a memória, o raciocínio e auxiliando também no conhecimento da gramática.
Na Segunda Guerra Mundial, líderes e chefes de todos os países contratavam especialistas em Palavras Cruzadas (os profissionais são chamados de Cruciverbalistas) para que decifrassem códigos e táticas de guerrilha do território inimigo.

Brasil e suas palavras

O Brasil é considerado o quarto mercado de Palavras Cruzadas no mundo inteiro, perdendo apenas para os Estados Unidos, França e Itália.
O forte mercado vem devido a algumas revistas e publicações importantes, como é o caso da revista de passatempos Coquetel, da editora Ediouro Publicações. Coquetel, criada no ano de 1948, não contava apenas com as Palavras Cruzadas, mas também com Caça Palavras, Sudoku (apareceu em 2005 no Brasil), charadas, jogos dos sete erros, entre outros. Devido ao sucesso das publicações, a revista passou a ser a mais vendida no Brasil de passatempos, produzindo divertimentos para diversos jornais espalhados pelo país. Com a fama no auge, a revista recebeu o prêmio de “Maior Palavra Cruzada Direta do Mundo” que contava com 16 mil quadradinhos e 1.30 de altura, chamada para entrar no famoso Guinness Book.

O primeiro Torneio de Palavras Cruzadas no Brasil foi inaugurado pelo veículo de comunicação “Palavrão”, do grupo Bondinho, que teve como vencedor Euro Oscar, paulistano criador de charadas e de diversos outros passatempos.  

domingo, 15 de setembro de 2013

Betty Boop, implícito e sensual

Conhecida por ser a Rainha dos Desenhos Animados da década de 30, Betty Boop inaugurou para a mulher, um lugar no mundo da animação nas telas.
Criada por Max Fleischer (Judeu-americano que desenvolveu muitos desenhos animados além de Betty Boop, Super-Homem e Popeye), Betty era uma imigrante judaica, que dançava ao som de jazz e usava roupas provocantes. O seu conteúdo foi inicalmente apenas para adultos, contendo cenas de sexo implícito e muitas piadas provocantes. Ao que se sabe, Betty é uma mistura de muitas figuras importantes, como Helen Kane (sua primeira e principal dubladora), Mae Questel, Marilyn Monroe e Carmen Miranda.

Sua primeira aparição foi em 9 de agosto de 1930, em Dizzy Dishes, série criada por Talkartoon, da Paramount Pictures. Porém, o seu estrelato foi ao auge quando cantou, pela voz de Helen Kane, o Boop-Oop-a-Doop-Girl, música que fez sucesso ao longo de vários anos nos Estados Unidos.

Betty Boop com Bimbo, personagem principal
Por incrível que pareça, Betty Boop, em suas primeiras aparições, não era a personagem principal, sendo desenhada como  metade mulher, metade poodle e seguindo ordens de seu cachorro Bimbo. Suas orelhas eram de cachorro, que logo depois foram trocadas por grandes brincos de argola, e seu comportamento era também canino. Devido a sua sensualidade e atenção, Betty foi logo posta em primeiro plano, deixando Bimbo para trás.

Aos poucos, Betty tinha mais de 100 curtas metragens e muitos fãs, sendo reconhedida internacionalmente e assim considerada a primeira Pin Up, com uma forte atração na esfera da cultura pop.

Em 1934, uma notícia ruim foi dado pelo Código de Produção, que passava por constantes modificações. Betty Boop era agora censurada, não podendo mais usar vestidos curtos, tendo seu conteúdo reduzido para um público infantil. Embora com essas regras os seus criadores tenham mesmo trocado suas roupas, Betty continou sendo um Sex Simbol da animação, devido a sua voz e seus gestos.
Imitando cenas famosas de Marilyn e seu vestido ao vento, shows marcantes e danças típicas, Betty acabou sendo considerada uma das mulheres mais sedutoras de todos os tempos, a única retratada em desenho animado.

Seus anos corriam bem até que em 1939, a rainha da animação foi completamente censurada, proibida de continuar com suas curtas metragens e sendo obrigatoriamente retirada de todas as telas de cinema.
Betty apareceu mais algumas vezes em trechos de filmes, porém apenas por alguns minutos. A última vez de Betty nas telas foi em 1988, no filme “Uma Cilada para Roger Rabbit”, e depois então passou apenas a ficar marcada em salas de teatro e em quadrinhos, muitas vezes juntamente com o Gato Félix.
Atualmente, Betty é encontrada estampada em bonecas, perfumes e camisetas, porém sendo sempre lembrada como uma revolução feminina nos desenhos de animação.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

La Cittá Eterna

Famosamente apelidada de "A Cidade Eterna", Roma é um poço de segredos, história e turismo. Ao andar pela capital italiana, a época romana parece ainda estar presente e um passeio pelos edifícios antigos e muito respeitados comprovam isso. Ao andar, pessoas de todo o mundo deparam-se também com pequenos carros e vespas de todas as cores possíveis.  Sendo a cidade um parque de diversões para visitantes e amantes da cultura, gastronomia e arte, ela se torna um lugar imperdível e único para se visitar.
Embora Roma encante pela sua grandiosidade e pelas suas arquiteturas exuberantes, há também pequenas moradias antigas que fazem parte da cidade, contribuindo também para o seu charme.
A linha azul do metrô nos leva até a estação COLOSSEO. Ao sair, o Coliseu impressiona com o seu poder, prometendo uma visita inesquecível para todos que por lá passam.
Coliseu, Colosseo
Sendo este, símbolo de Roma e de todo o Império Romano, o Coliseu foi considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo e também Patrimônio Histórico pela UNESCO. Famoso também pela sua política do Pão e Circo, o público da época se regalava por conta própria com as lutas de gladiadores, escravos e grandes animais, tendo a presença do imperador nas lutas mais importantes. O Coliseu também era palco de batalhas navais, pois ainda hoje tem um sistema de formação de lago, permitindo uma grande quantidade de entrada de água.
Logo depois da estação COLOSSEO, e continuando ainda na linha azul, encontramos o CIRCO MÁSSIMO, onde há uma impressionante arquitetura denominada Termes di Caracalla. Este monumento grandioso era o “clube” de elite da época, construído pelo imperador Caracalla, e onde ficavam as piscinas olímpicas e normais, os ginásios e os lugares de relaxamento.  Essas termas podiam suportar 1.600 banhistas de cada vez, sendo eles homens ou mulheres. Atualmente, esse monumento é considerado um dos mais grandiosos de Roma, contendo ainda os azulejos das piscinas e sendo palco de grandes óperas ao ar livre.

Fontana Di Trevi
Na linha laranja, a próxima estação necessita de uma moeda e de um desejo. A chegada na Fontana Di Trevi, a fonte mais famosa e romântica do mundo, garante uma vista espetacular. De dia ou de noite, a Fontana di Trevi consegue esbanjar charme com suas esculturas antigas, representando Netuno, o deus do mar entre pedras e esguichos de água.
Embora seja um dos maiores símbolos de Roma, a fonte é famosa por outros quinhentos. Existe uma tradição que persiste há anos, e diz que se ao jogar uma moeda na fonte fazendo um pedido, você volta para Roma algum dia. Por isso, a fonte está repleta de moedas de todos os países do mundo, e ao seu redor, pessoas de todas as nacionalidades jogam moedas sem parar, a qualquer hora do dia. A fonte é também um lugar ideal para a vida noturna, pois está repleta de jovens e restaurantes de todos os tipos. Para quem gosta de cinema, Fellini não perdeu a oportunidade de gravar o seu famoso filme italiano, La Dolce Vita, bem no meio da Fontana Di Trevi, garantindo assim uma atração ainda mais imperdível.
Não podia faltar aqui a famosa Piazza Navona, porém essa não consta em nenhuma linha de metrô. Essa praça famosa pelas suas três fontes e pela sua vida noturna interminável, é um lugar ideal para se desfrutar após um longo dia caminhando por Roma. A praça é rodeada por casas velhas com persianas antigas, e ao anoitecer, os pintores não perdem a oportunidade de ficarem horas caricaturando os turistas. A Piazza Navona abrange uma vasta escolha de restaurantes para todos os gostos possíveis, e também uma grande variedade de pratos típicos italianos. Para os brasileiros, uma pequena alegria: desde a década de 20, a embaixada do Brasil consta na Piazza Navona.

Com a visita do Papa ao Brasil, o Vaticano destacou-se ainda mais nos guias turísticos para diversos brasileiros. Embora seja um lugar propriamente cristão, o Estado do Vaticano recebe a visita de fiéis das mais diversas religiões do mundo durante o ano inteiro. A cúpula é a primeira coisa a ser vista, sendo ela projetada por Michelangelo, assim como muitas obras presentes nesse pequeno Estado. Não apenas a Basílica, como também a Piazza San Pietro, aquela que ronda a principal entrada, são lugares exuberantes e com arquiteturas majestosas, prontas para encantar a qualquer um que por lá passa. Sendo a moradia do atual Papa Francisco e de seus respectivos cardeais, a Basílica tem uma entrada permitida e seu interior é recoberto de pinturas, desenhos, objetos, relíquias e as mais sagradas esculturas, como a famosa Pietá. O seu subterrâneo, que também é possível visitar, abrange o túmulo de todos os Papas, entre eles o falecido Papa João Paulo II. 
Museu do Vaticano
Há alguns metros da Praça São Pedro e da Basílica do Vaticano, há o Museu do Vaticano, onde se encontra a Capela Sistina. 
Antes de se chegar até a Capela, é necessário passar por diversas salas de exposições. Entre elas, a sala dos mapas, a sala das antigas cartografias, as salas de esculturas animalescas, a sala egípcia (com direito a uma múmia de verdade!), a grande sala de tapetes, e outros. 


Após subir degraus, passar por obras de Rafael Sanzio, pinturas de Van Gogh, uma escultura de Rodin, obras de Matisse, enfim chega-se a tão esperada Capela Sistina. Rodeada de pinturas renascentistas famosíssimas, a Capela Sistina é um encanto para os olhos de cada um que entra por aquela porta. A Criação de Adão, a Santa Ceia, O Sacrifício de Noé, são apenas algumas das obras que estão presentes no teto e nos arredores da Capela e que faz com que as pessoas não queiram mais desgrudar os seus olhares. Michelangelo deixa então as suas marcas de um modo histórico e impressionante, assim como todas as suas obras.