domingo, 23 de junho de 2013

Holmes, uma investigação eternizada


Conhecido por usar um método diferente dos outros detetives, o personagem de ficção literária ganhou enfoque ao fazer do método cientifico e da lógica as suas principais armas. Sherlock Holmes, chamado assim pelo seu criador Sir Arthur Conan Doyle (escritor e medico britânico, 1859-1930), fez muito sucesso e se tornou assim o principal ícone da leitura policial e criminal. Apareceu pela primeira vez no romance “Um Estudo em Vermelho”, publicado pela famosa revista britânica Beeton’s Christmas Annual, circulando entre o Reino Unido entre 1860 e 1898.


Não se sabe ao certo, porem uma das inspirações de Sir Doyle seria o conto de Edgar Allen Poe, O Assassinato da Rua Morgue. A historia trata de um homem superdotado de pensamentos rápidos e lógicos, Auguste Dupin, que seria a origem de Sherlock Holmes. Dupin trazia consigo a resolução de crimes, em especial o crime da Rua Morgue, em Paris, e estava sempre acompanhado de seu companheiro, que seria a origem de Dr. Watson.
 

Dr. Watson e Shelock Holmes investigavam juntos casos crimonosos

Holmes, embora esteja sempre trancado e solitário em seu escritório sombrio cheio de pó, não trabalha sozinho. Ele tem um fiel companheiro, o Dr. Watson, medico, biografo cronista e assistente. Dr. Watson se tornou assim um dos símbolos de Londres, por acompanhar sempre o detetive em seus raciocínios, embora o dele não funcionasse na mesma velocidade rara de Holmes.

Ruas largas, dias nublados e frios, paredes cinzentas e casos criminosos cotidianos. O principal cenário do detetive é Londres, onde realizava as suas principais buscas e descobertas. A 221B Baker Street, o antigo lar de Holmes, um dos lugares mais famosos da literatura e tambem um dos bairros mais famosos do mundo, abrigando atualmente um museu muito visitado por turistas.
Sherlock Holmes trabalha resolvendo casos da Scotland Yard, famosa policia metropolitana de Londres, porém o seu maior trabalho é para si mesmo. O detetive foi considerado a ficção literária  mais reproduzida por livros, filmes e quadrinhos, conseguindo assim um grande lugar no espaco da historia britanica.
Mestre em artes marciais, usuário de cocaína, magro, pálido, nariz grande, cachimbo na boca, frases prontas, perfeccionista, preferindo sempre o lado racional ao lado sentimental. Os contos, os livros, os filmes o definem assim, e é assim que ele continuara sendo visto na mente de várias gerações.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Em nome das mulheres

Principal símbolo do movimento feminista

Durante muitos anos as mulheres buscaram por conquistar os seus direitos, sejam eles políticos, sociais  econômicos ou sexuais. A ideia que foi construída de que o lugar da mulher é em casa, cuidando dos filhos e fazendo a limpeza, gerou um pensamento clichê na maioria das culturas e traz um preconceito enraizado há muitos anos.
As mulheres foram submetidas a teorias e discursos durante muito tempo, entre eles o positivista, o médico, o determinista, que estavam sempre rebaixando a mulher e confirmando que os homens eram superiores fisicamente e intelectualmente.

Surge então o Feminismo, com a intenção de garantir a participação da mulher equivalente ao do homem na sociedade e tem esse nome, pois mulheres de todas as idades se reuniam para reivindicar os seus direitos.
O Feminismo, segundo pesquisadores, pode ser dividido em três “ondas”. A primeira ocorreu entre o século XIX e XX, nos Estados Unidos e Reino Unido. As mulheres vinham protestando contra os casamentos arranjados, que ignoravam os seus sentimentos e suas escolhas. Depois disso, o direito ao voto começou a aflorar na pele das mulheres, que também começaram protestos para poderem participar do meio político igual os homens.
As mulheres foram ouvidas. Com isso, surgiu a Segunda Onda, que teria sido uma continuação da Primeira, e que teve como principal foco a igualdade perante os gêneros e o fim da discriminação.
Todos esses protestos acabaram gerando uma revolta pela tradicional família burguesa. As mulheres não queriam mais apenas ficar em casa cuidando dos filhos ou preparando o jantar do marido. A escolha de sentimentos e a satisfação por escolher fazer algo fora de casa eram apenas algumas das muitas exigências que viriam pela frente.  A Segunda Onda ocorreu entre os anos 1960 e 1980.
A Terceira e última Onda, viria a acontecer entre os anos 1980 e predomina até hoje. Essa Onda se destacava principalmente por protestos das mulheres brancas das classes média-alta, e também sobre questões internas. Foi aí que muitas mulheres negras começaram também os seus protestos, criando assim outro problema para os que discordavam dessas manifestações: a questão de raça.
Elas foram muito criticadas por terem o objetivo de destruírem famílias e tradições, porém ainda hoje mulheres afirmam que o objetivo era apenas garantir uma vida mais igualitária e colocar fim á dominação masculina.


Simone de Beauvoir, grande feminista

Ao longo do tempo, muitas feministas famosas surgiram pelo mundo, mas uma merece um destaque em particular: Simone de Beauvoir (1908-1986).
Essa personagem marcou o universo feminino devido as suas frases, teorias e manifestações.
Famosa também por ter sido esposa de Jean Paul Sartre, acreditava que um homem não podia suprir seus desejos, por isso casou-se com mais alguns durante o seu relacionamento com Sartre.
Publicou um livro chamado “O Segundo Sexo” (1949) que viria a influenciar ainda mais os movimentos, provando que a situação da mulher na sociedade não passava de uma construção da sociedade patriarcal. O livro foi muito criticado, principalmente no meio literário, pois fora acusado de ridicularizar os homens e não ter um aprofundamento teórico por ter sido escrito por uma mulher.
Simone foi diferente de todas as mulheres de sua época porque rompeu com os padrões e, segundo suas leitoras, sua presença e escrita foram importantes para organizar o pensamento das mulheres que estavam dispersos, e contribuiu também para a concretização de suas trajetórias.

“A pessoa não nasce mulher, mas antes torna-se mulher.”

Acontecimentos marcantes:
Bra-Burning, protesto contra concursos de beleza
No 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Essa data tem origem devido a um acontecimento em 8 de março de 1857, onde mulheres de uma fábrica de tecido, localizada em Nova York, protestaram para melhores condições de trabalho, uma redução de carga horária e um salário justo.  Tal manifestação foi repreendida violentamente, trancando as mulheres na fábrica e incendiando-a logo depois.
A data foi concretizada apenas 100 anos depois, pela ONU (Organização das Nações Unidas), e tem como papel hoje não apenas uma lembrança às vítimas, mas promover debates, discussões e soluções para acabar com a discriminação da mulher na sociedade.

O Bra-Burning, também conhecido como Queima de Sutiãs, foi um protesto muito famoso ocorrido em 1968, feito por mulheres contra o concurso de Miss América, em Atlantic City.
Elas foram as ruas colocando sutiãs, maquiagens, laquês, saltos e outros utensílios para protestar o fato da mulher ter se tornado um objeto, um esquema comercial. A “queima” propriamente dita nunca aconteceu, porém influenciou diversos protestos contra a estética e a exploração da mulher.




quinta-feira, 16 de maio de 2013

O diário que contou segredos

O Diário de Anne Frank é algo que todos deveriam conhecer, pois não apenas encantou com as suas palavras, mas também mostrou ao mundo a crueldade do Holocausto.

Anne Frank, autora do diário
Annelies Marie Frank, judia, nasceu na Alemanha no ano de 1929. Quando pequena, já havia se mudado para a Holanda e por lá permaneceu durante toda a sua infância. Sua família era considerada de classe média-alta, pois viviam em um bairro nobre de Amsterdã e frequentavam locais considerados de elite.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e a ascensão de Hitler no poder, as perseguições aos homossexuais, deficientes, imigrantes, e sobretudo, judeus, começou a aumentar cada vez mais.
Anne e sua família percebiam a cada dia que passava que o perigo aumentava, pois todos seus conhecidos sabiam que eram judeus e onde moravam.
Em 1942, Otto Frank - pai de Anne - disse a família que teriam de pegar as suas coisas mais valiosas e se esconder, pois o perigo se aproximava. Com isso, Anne pegou apenas o que era importante para ela, inclusive o presente de natal que ganhará alguns dias antes: o diário.
A família e os amigos judeus do pai de Anne se esconderam no anexo que existia atrás do escritório de Otto, e a partir daí uma nova vida começava para todos.
Durante dois anos Anne e sua família viveram de angústias e medos. Passavam por sufocos diante da alimentação, que ao longo do tempo vinha apodrecendo, ou começando a ficar ausente, viviam os egoísmos uns dos outros, aprendiam a serem práticos com o que tinham. Todos os dias, ela e sua família precisavam ficar no máximo do silêncio para que não fossem escutados pela polícia que rondava a cidade a procura de judeus.
Todos os dias, Anne escrevia em seu diário as suas preocupações, suas felicidades, as novidades do chamado “Anexo Secreto”. Contava sobre as brigas que tinha com sua mãe Edith, da sua relação distante com a irmã Margot, da amizade amorosa com Peter, do seu amor pelo seu pai, e sobre detalhes de todos que viviam juntos. 
Entrada do Anexo Secreto, Otto Frank na imagem
O diário acaba no dia 4 de agosto de 1944, o que comprova que ela e sua família foram encontrados no Anexo, dedurados por pessoas que elas mesmas conheciam. Infelizmente, pouco se sabe sobre quem entregou-os e por qual motivo.
Anne Frank, a família e os amigos foram considerados criminosos e separados uns dos outros. Os homens foram expostos a trabalhos duros, sendo muitos deles levados a câmaras de gás. Todas as mulheres foram levadas para o campo Bergen-Belsen, onde a mãe Edith ficou para trás e morreu muito fraca, de inanição. O caminho continuava duro para os judeus e Anne e sua irmã ficaram juntas nos quartos aglomerados e faziam trabalhos forçados no campo de concentração. A irmã (Margot) ficou gravemente doente devido a uma doença que havia se espalhado pelo campo, o Tifo. A falta de higiene e a falta de alimentação era extrema, por isso acabou morrendo, e Anne alguns dias depois também.
O único sobrevivente foi Otto Frank, que após muitos anos de trabalhos forçados, conseguiu se recuperar e saiu a procura de sua família.
Ao achar o diário, Otto tentou publicá-lo diversas vezes, mas muitas tentativas foram negadas. Em 1947 conseguiu publicá-lo e com isso fez com que a história ganhasse prestígio e fosse um dos livros mais lidos no mundo inteiro, com tradução em quase todas as línguas.
Em Amsterdã fica a disposição de quem se interessa, a Casa de Anne Frank, contando detalhes de sua vida e relíquias encontradas do Anexo Secreto.

Ao ler o seu diário, nos envolvemos em cada dia que passa. Criamos uma amizade com a personagem e lemos o seu pensamento e os seus desejos.
Anne Frank queria ser jornalista e escritora. Em seu diário, embora nas primeiras páginas ela negue a todos sua leitura, ela promete que quando sair de lá irá terminar seu colégio e escrever livros para pessoas de todas as idades, tentando acima de tudo publicar o seu diário.
No final das contas, Anne conseguiu mesmo ser aquela pessoa que desejava, conseguiu até mais: se tornar parte da história.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Censura, tortura e jornalismo


Tortura, violência e dor. Vladimir Herzog, provavelmente a figura que melhor representa essa censura imposta pela Ditadura Militar (1964-1985)merece destaque não apenas pelo seu atestado de óbito que finalmente foi certificado, mas também por ter sido símbolo de um período sombrio.
Já com um passado sofrido, Vlado Herzog, que adotou o nome de Vladimir Herzog ao chegar ao Brasil, veio da Iugoslávia com sua família para fugir da perseguição nazista aos judeus.
Sua formação jornalística começou cedo, e mesmo formado em filosofia pela USP conseguiu entrar no jornal o Estado de São Paulo, e permanecer lá até 1965, inovando nas áreas televisivas e visuais.

Começado o golpe de 1964, os militares invadiam incessantemente veículos de comunicação impondo censuras e falta de liberdade de expressão. O Estado de São Paulo vinha sofrendo fortemente com a repreensão dos jornalistas considerados contra o movimento, e sendo Vladimir uma figura importante, teve que ser mandado para Londres, aonde viria a apresentar um programa da BBC.
Vladimir Herzog, símbolo do jornalismo


Além de jornalista, Vladimir entrou também no mundo do audiovisual. Promoveu diversos documentários, auxiliou em roteiros de filmes e frequentou as melhores escolas de cinema da América Latina.
Voltando para o Brasil, em 1968, começou a trabalhar por um período na TV Cultura, e passou até mesmo a dar aulas de telejornalismo na Fundação Álvares Penteado (FAAP) e na ECA (Escola de Comunicações e Artes) – USP.



Conquistando o papel de dirigir o departamento de jornalismo da TV Cultura, por Fernando Pacheco Jordão, foi ao ar a primeira matéria do dia. Um documentário do meio-dia, que tratava de um líder comunista chamado Ho Chi Minh, em plena Ditadura Militar. Muitos deputados que assistiram ao documentário foram diretamente falar com os militares, e foi assim que começou uma perseguição da famosa “Linha-Dura” com os jornalistas considerados comunistas da TV Cultura.
Ao longo desses dias, muitos jornalistas estavam sendo presos em São Paulo, sem motivo nenhum, apenas por palavras de militares e policiais.

Foi então que, em uma sexta feira, Vladimir trabalhava na TV Cultura como de costume e foi pego de surpresa por agentes do DOI-CODI. No final da tarde sua família recebeu a notícia de que ele teria se suicidado na prisão.
Desde o princípio, a versão dos militares sobre o suicídio do jornalista era questionável. Movimentações e protestos de estudantes, religiosos e jornalistas da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo foram feitos na Catedral da Sé, em São Paulo, contra as práticas da Ditadura que vinham ocorrendo. Foi então realizada uma missa em nome do jornalista, contando com oito mil participantes e mais alguns do lado de fora da Catedral pedindo pela volta da democracia. Finalizada a missa, bombas de gás lacrimogêneo foram jogadas nas ruas por policiais e causaram um movimento intenso nas ruas da Sé.

Desde então, a família e próximos do jornalista procuraram sempre esclarecer o mal entendido que não tinha sido resolvido. Pediram que o caso fosse reaberto em 1992, porém nada foi feito. Em 2008, novamente esse pedido foi feito, mas continuavam sem resposta. Finalmente, no ano de 2012 o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o atestado de óbito, esclarecendo assim as dúvidas da Comissão da Verdade.

Atualmente, existem diversas homenagens ao jornalista morto na Ditadura Militar. Um deles, é um prêmio criado em 1979, chamado Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, considerado um dos mais importantes prêmios jornalísticos e de Direitos Humanos no Brasil.

A América Latina sempre sofreu com ditaduras, principalmente Argentina, Chile e Brasil. Infelizmente, esses períodos sombrios não são de se orgulhar, mas é importante saber que existem para que um dia a justiça seja feita de maneira satisfatória para famílias que perderam parentes, ou até mesmo os que sofreram horrores nesse período.




O que foram?
DOI-CODI: Criado a partir do Golpe Militar de 31 de março de 1964, o DOI-CODI era um órgão do exército que tinha como principal objetivo combater os inimigos que ameaçariam a segurança do país. O significado de DOI-CODI é: Destacamento de Operações de Informações, Centro de Operações de Defesa Interna.
Comissão da Verdade: Foi uma comissão brasileira criada para investigar as violações de Direitos Humanos, em especial na Ditadura Militar, onde foram registrados inúmeros casos que por muitos anos pairavam no desconhecido. 

sábado, 13 de abril de 2013

A página é delas


A imprensa sempre teve um papel fundamental no crescimento das cidades, e sempre foi um censor da sociedade. Na França, a indústria da moda deve grande parte de seu crescimento às revistas femininas, que viriam a aparecer em maior quantidade a partir do século XIX.

A princípio, a moda era um elemento que apenas as mulheres de classes superiores poderiam usufruir, mas com o surgimento das revistas, mulheres de todas as classes, e de todas as partes da França, teriam acesso a elas.

A primeira revista feminina a surgir na França é datada de 1759, com o nome de “Le Journal de Dames”, que pela primeira vez mostrava conteúdos diversos e muitas relações com a moda da época.

Primeira revista de moda publicada para o público feminino, Le Journal des Dames, 1759

Para muitos, a Revolução Francesa (1789) foi palco apenas de mudanças econômicas e políticas, mas é importante saber que tal Revolução teve um papel social muito intenso, entre eles o de expandir as publicações femininas.
Durante o período de 1814 a 1830, logo depois da Era Napoleônica, a França absorveu características do movimento literário chamado de Romantismo, que deu ênfase a emoções e ao sentimentalismo de uma forme diferente. As mulheres liam cada vez mais as revistas, e se envolviam, gerando altas expectativas para si mesmas e acelerando o mercado.
A estética da revista se iniciara com as gravuras de aço, onde era possível imprimir um número maior de paisagens e imagens. Logo depois, a utilização da litografia substituiu as gravuras de aço, onde os textos e as imagens se mesclariam em apenas uma página.

As revistas femininas estavam sendo um sucesso. As expansões de meios jornalísticos estavam a mil, e as revistas de luxo também surgiram como um meio comercial enriquecedor. O papel era de qualidade, precisavam ser vendidos apenas com assinaturas, eram muito mais caros do que revistas e jornais populares, que estavam em média dez centavos.

O nascimento de lojas de departamentos, as casas de alta-costura, a criação da máquina de costura, foram inovações que afetaram indiretamente o mercado das revistas, principalmente as propagandas que vinham a ser feitas.

Entre os anos de 1870 e 1940, período conhecido como Terceira República Francesa seria a idade do ouro da imprensa em geral, contando também com a imprensa feminina, que só vinha crescendo desde o seu surgimento.
A concorrência estava cada vez mais acirrada entre os veículos de comunicação, e muitas revistas não conseguiram adequar os seus títulos a nova geração da moda, deixando assim de existir. Entre elas “La Mode Ilustrée”, “Le Journal des Demoiselles”.

A imprensa feminina percebeu o quão grande era a sua influência no quesito moda francesa, e usou e abusou disso para atrair mulheres do mundo inteiro.
Com isso, muitos países passaram a criar a sua própria moda e adequar os seus padrões a sociedade. Por exemplo, a Itália viria a ser um grande centro de moda, que compete com a França até hoje, e a Inglaterra manteria um monopólio das vestimentas masculinas durante muitos e muitos anos.



Vogue:  Com toda a certeza é a revista de moda mais influente no mundo inteiro.
A sua origem é americana, da cidade de Nova York. Criada em 1892, inicialmente sendo um folhetim que era publicado de semana em semana, atendia somente a mulheres ricas da sociedade americana.
Aos poucos, suas publicações se tornaram uma revista, e os seus criadores a tornaram uma edição internacional. Países como Alemanha, China, França, Itália, Turquia, Reino Unido, México, Brasil, Japão, Rússia, Grécia, entre outros, adotaram a revista Vogue como um exemplo de moda. 



Uma de muitas publicações da revista feminina Marie Claire


Marie-Claire: Surgida no pós-guerra e originária da França, a revista é mensal e atende mulheres de todas as idades. Suas publicações se diferenciam de outras, pois os temas da moda abrangem questões de denúncias e de violação dos direitos humanos, principalmente em mulheres.
Diversos
países também adotaram a revista, mas em especial a França e os Estados Unidos.  

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O que foi a Guerra Fria?


Um dos períodos mais conturbados da história do mundo é a chamada Guerra Fria.
O nome desse conflito é diferente e tem origem devido a nenhum dos países envolvidos chegarem a um conflito cara a cara, apenas indiretamente.
Essa guerra teve início no final da Segunda Guerra Mundial (1945), onde os Estados Unidos, poder capitalista, se confrontava aos poucos com a União Soviética, que mantinha o poder socialista.

A causa da guerra é a seguinte: a União Soviética pretendia expandir o socialismo pelas suas áreas de influência, implantando uma igualdade social e uma economia planificada.

Já os Estados Unidos mostraram-se descontentes com essa ideia, uma vez que sua política era capitalista, ou seja, propriedade privada e uma economia de mercado, totalmente oposta ao futuro inimigo.
Os Estados Unidos e a União Soviética mantinham muitas áreas de influências pelo mundo, sendo uma delas a Coréia e também o o Vietnã, este que foi palco de uma guerra mundialmente conhecida e estudada.

Vários planos econômicos foram criados, entre eles o Plano Marshall e o Comecon. O primeiro foi uma estratégica americana criada pelo presidente Truman, onde oferecia ajuda de recuperação aos países Aliados devastados após a Segunda Guerra Mundial. A União Soviética, que se sentiu ameaçada com a proposta, acabou por criar o Comecon, que seria para impedir que os seus países socialistas entrassem na jogada do Plano Marshall.
A Alemanha, muito enfraquecida devido à guerra, ainda era território americano e soviético. O país aderiu ao Plano Marshall, o que fez com que a União Soviética o dividisse entre Alemanha Ocidental (EUA) e Alemanha Oriental (URSS). O que dividia ambas as regiões germânicas era o famoso Muro de Berlim, que viria a trazer o fim da União Soviética alguns anos mais tarde (1989 – derrubada do Muro, 1991- Fim de URSS). 


Além dos planos econômicos citados acima, vale destacar também a criação da OTAN e do Pacto de Varsóvia. A primeira, OTAN, foi uma organização criada pelos Estados Unidos para juntar todos os países aliados em caso de uma guerra nuclear. O Pacto de Varsóvia contava com a união de forças militares de toda a Europa Oriental, também para se precaver de uma guerra que poderia vir a acontecer.

A Guerra Fria foi palco de emoções para o mundo todo, que estava sempre a espera do ataque. Esse ataque seria nuclear e provavelmente traria uma Terceira Guerra Mundial, chegando até mesmo a uma destruição fatal de grande parte do Planeta. Felizmente, nada disso foi executado, mas ainda existem vestígios de conflitos entre as duas formas de economias.
Muitos foram os acontecimentos durante esse período, e várias foram as influências estabelecidas, incluindo para o Brasil. Presidentes brasileiros se viram na dúvida de quem apoiar, sempre tendendo por ficar do lado capitalista(Estados Unidos), devido a gama de vantagens e multinacionais implantadas no território brasileiro.

O FINAL

Para a União Soviética, o poder supremo viria a acabar. Uma grande crise girava em torno dos países soviéticos, sendo eles aprofundados por uma falta de democracia e ausência na econômica. Com a polítia da Glasnost e Perestroika, do presidente Gorbachev, a potência e seus pequenos países viriam a afundandar lentamente, isso nos anos 90. O Muro de Berlim tinha sido derrubado, o que viria a sinalizar o fim da URSS e o fim da divisão entre as regiões Ocidental e Oriental.


OUTRAS GUERRAS CRIADAS A PARTIR DA GUERRA FRIA:


Como foi citado acima, a Guerra Fria levou suas áreas de influência a entrarem em conflitos e destruírem parte de suas economias também.

Guerra da Coréia – Atualmente na mídia, a Coréia do Norte e a Coréia do Sul mantém relações estritas, pois o capitalismo e o socialismo se mantém presentes em um mesmo território asiático. Isso se dá devido aos anos 50, que a Coréia teria sido obrigada a adotar o sistema socialista contra a sua vontade. A região acaba sendo dividida entre Coréia do Sul, que obteve grande apoio americano e resistiu as ameaças socialistas, e a Coréia do Norte, que não resistiu e foi para o lado socialista.


Guerra do Vietnã – Essa deve ser uma das guerras mais famosas por causa da derrota excepcional dos Estados Unidos.
Os vietnamitas contaram com o apoio soviético, mas tiveram diretamente contato com os soldados americanos, que com a tecnologia avançada, garantiram armas para poderem destruir o país influenciado. O que difere essa guerra de tantas outras, foi a forma que o Vietnã conseguiu vencer os Estados Unidos com suas táticas de guerrilha e seus conhecimentos sobre o seu próprio território.
Eram censuradas as notícias e imagens dos soldados, o que preocupava todas as famílias e amigos. A imprensa teve um papel fundamental de finalizar essa censura e mostrar notícias, fotos para todos. O povo, chocado com a situação que a guerra chegara, acabou pressionando o governo americano para que finalizassem essa guerra e se declarassem derrotados de uma vez por todas.
Essa guerra durou de 1959 e teve fim no ano de 1975.

sábado, 6 de abril de 2013

Duas marcas, uma história



Muitos são os patrocínios e as propagandas realizadas por marcas famosas de esportes, cada vez mais sujeitas a concorrências entre elas.
Fundada na década de 1920 pelos irmãos Adolph Dassler e Rudolph Dassler, Adidas é uma das marcas mais famosas do mundo, originária da região de Nuremberg, Alemanha. Esta, passou por muitos momentos de altos e baixos, apresentando fortes características do Pós- Guerra até os atuais acontecimentos da globalização.

Adolf foi o verdadeiro fundador da empresa. Seguindo os passos de seu pai, começou a criar sapatilhas de todos os tamanhos, e vender na cidade. Seu irmão, Rudolph, que tentou sem sucesso vários outros trabalhos, acabou se juntando ao irmão e fazendo aos poucos um sucesso que marcaria o mundo esportivo.

Adolf Dassel, criador da marca ADIDAS


Com as dificuldades da Segunda Guerra Mundial a empresa dos irmãos Dassler sofria com faltas de energia e ausência de mão de obra. Porém, com a ascenção de Adolf Hitler em 1933, os irmãos Dassler se uniram ao Partido Nazista, e assim conseguiram que sua empresa se fortalecesse e garantisse um espaço no campo de calçados esportivos.
Ao poucos, Adolf, o irmão mais velho, ia se juntando cada vez mais ao Nazismo, contrariando a vontade de sua família, e até mesmo de seu irmão mais novo, que apenas o apoiava por causas profissionais. A empresa dos irmãos Dassler teria sido obrigada não apenas a criar calçados, mas também a auxiliar o exército com projetos de fins bélicos para atacar os Aliados.
Após uma briga entre Adolf e Rudolph (até hoje não se sabe ao certo o que causou tal desentendimento), a empresa dos irmãos Dasler havia se rompido, contando apenas com Adolf para seu comando.

Para a surpresa de muitos, ambos continuaram no campo das empresas de esporte. Adolf acabara por criar ADIDAS, devido as iniciais de seu nome Adi (Adolf), Dassler (Didas); já Rudolph criara uma das empresas que viria a ser uma das mais famosas no mundo, PUMA.
A concorrência entre os irmãos começou a crescer, e só viria a piorar com o início da globalização e do consumo incessante por parte das pessoas.
Em 2009, os funcionários das duas empresas disputaram uma partida de futebol para selar a paz entre os irmãos, porém nada disso foi preciso, pois infelizmente a briga entre eles está enraizada na história do comércio e das marcas.

Atualmente, Adidas e Puma estão entre as marcas mais famosas do mundo, e contam com patrocínios a atletas de todas as modalidades, entre elas natação, futebol, atletismo, corrida, e diversos outros.